Itaú Cultural, São Paulo, Brasil

O Itaú Cultural é um instituto dedicado principalmente à pesquisa e produção de conteúdo – mapeando, estimulando e disseminando iniciativas artísticas e intelectuais. Desta forma, contribui grandemente para a promoção da cultura de uma sociedade tão complexa e heterogênea como a brasileira.

O Instituto Itaú Cultural, concebido por Olavo Egydio Setúbal e criado pela Lei n. 7505, de 3 de outubro de 1986, visa mapear expressões artísticas e incentivar a pesquisa e produção artística e teórica relacionadas aos mais diversos segmentos culturais.

“O Instituto Itaú Cultural tem como objetivo incentivar, promover e pesquisar línguas artísticas e eventos culturais, bem como preservar o patrimônio cultural do país, atuando diretamente ou de forma associada …” – Estatuto da Criação.

O mapeamento de segmentos é realizado através do programa Rumos, artes visuais, cinema, dança, educação, jornalismo cultural, literatura, música, pesquisa, teatro, arte e tecnologia bienal Emoção Art.ficial e suas enciclopédias online, que formam suas principais linhas de ação.

O Itaú Cultural é um instituto dedicado à pesquisa e produção de conteúdos e ao mapeamento, incentivo e difusão de manifestações artístico-intelectual. Desta forma, contribui para a valorização da cultura de uma sociedade tão complexa e heterogênea quanto a brasileira.

Missão
Para inspirar e inspirar a sensibilidade e criatividade das pessoas para gerar experiências transformadoras no mundo da arte e da cultura brasileiras.

Visão
Ser referência na valorização e articulação das experiências culturais e na fonte de conhecimento mais acessível e confiável sobre a arte e a cultura brasileiras.

Ao considerar a cultura como uma ferramenta essencial para a construção da identidade do país e um meio efetivo de promover a cidadania, o instituto busca democratizar e promover a participação social.

Centro de referência cultural, promove e dissemina a produção brasileira no Brasil e no exterior desde 1987.

Tem em programas como o Rumos em sua missão e visão diferenciais consistentes que o colocam entre os mais importantes institutos culturais do país.

Ela foi eleita pelo Great Place to Work Institute (GPTW) como uma das cem melhores empresas para trabalhar no Brasil.

O lugar é um instituto dirigido a pesquisa e produção de conteúdo, e pode receber até três exposições (sempre gratuitas) simultaneamente, que geralmente trazem a trajetória de músicos, atores, pintores, artistas, entre outras personalidades que contribuíram para o conhecimento nacional. Os shows são destinados a jovens que, no futuro, os usam para suas próprias produções. O Itau Cultural também possui programas de cinema, restaurantes e café.

Os visitantes através da mídia têm acesso à coleção de mais de trinta mil documentos falando sobre arte e cultura brasileira em livros, filmes e coleções de CDs e DVDs que podem ser alugados e usados ​​localmente. O Museu Itaú Numismático – O Museu Herculano Pires também pode ser visitado e tem uma média de 7 mil itens, dentre eles moedas, decorações e medalhas.

Histórico:
Criado em 1987, com a inauguração do primeiro Centro de Informação e Cultura (CIC I), o Instituto Itaú Cultural começou a ser aberto ao público em 5 de outubro de 1989. Seu banco de dados informatizado está disponível para os visitantes e o instituto se torna o primeiro instituição na América Latina para oferecer esse tipo de serviço.

Em 1997, foi lançada a primeira edição do Rumos, um programa para promover a produção artística em diversas áreas, como as artes visuais, a tecnologia, a dança, entre outras, e se tornará o emblemático das ações do Instituto. Um ano depois, em 1998, a Instituição adotou seu logotipo atual e a denominação Instituto Itaú Cultural.

No ano 2000, o Itaú Numismático – O Museu Herculano Pires é aberto ao público, no 9º andar do Itaú Cultural, com mais de 2 mil moedas, medalhas e decorações brasileiras.

Em 2001, Milú Villela assumiu a presidência da Instituição e inaugurou a Enciclopédia Itaú de Artes Visuais, evolução do trabalho iniciado em 1987 com a criação do Banco de Dados Informatizados. Em 2004, o Itaú Cultural de Enciclopédia de Teatro, um trabalho de referência virtual sobre atividades teatrais no Rio de Janeiro e São Paulo, de 1938 a 2000, com um total de 600 inscrições, é lançado no site Itaú Cultural.

Em 2007, o instituto celebra duas décadas com o lançamento do novo site, web-radio, Continuum e Itaú Cultural Observatory e Itaú Cultural 20 Anos.

Arquitetura:
O espaço do Itaú Cultural foi reformulado em 2004 por Roberto Loeb, visando uma melhor circulação e acesso ao público, além de conferir maior transparência ao espaço. Com cinco meses de trabalho, o projeto visava conquistar o público.

Algumas das novidades eram o Ponto Digital, uma sala dedicada à arte cibernética; a reformulação de um acesso único para visitantes, neste caso, a Avenida Paulista; melhoria na capacidade e visibilidade do auditório; reforma no restaurante e na cozinha, com o objetivo de atender melhor a demanda do público e outros.

Em relação às reformas mais técnicas, houve transformações profundas na construção de mais de 3 mil m² reformados. Entre eles, a construção de um letreiro metálico, com uma área de transição entre o espaço público da calçada e o museu; projetar um novo logotipo para a fachada, que atrairá mais atenção do público e estabelecerá uma nova identidade para o edifício; a construção da grande escadaria que atravessa os cinco andares, integrando todos os espaços; estacionamento antigo transformado em espaço de exposição e novas instalações sanitárias, elétricas e de ar condicionado.

Antes da renovação, o edifício projetado pelo engenheiro Ernest Mange em 1995, apresentou vários erros funcionais e comprometeu a operação com toda a capacidade do espaço.

Instruções:
O programa principal do Itaú Cultural, Rumos, foi criado em 1997 com o objetivo de estimular a produção artística e intelectual brasileira nos campos da música, artes visuais, audiovisuais, dança, pesquisa, arte e tecnologia, literatura, educação e jornalismo cultural.

De caráter nacional, o Rumos mobiliza, por meio de editores, artistas e criadores de todas as regiões brasileiras, ampliando a aparência da arte que se faz fora do eixo Rio-São Paulo. Nos seus 16 anos desde a sua criação, o programa já selecionou 1130 artistas, produtores e pesquisadores e seu trabalho já atingiu mais de 5,1 milhões de pessoas.

Em 2014, a enciclopédia on-line começou a incluir entradas de episódios e artistas das áreas de dança, cinema e música e foi re-adaptada para ser acessada unificada.

Colecção Brasiliana:
A Colecção Brasiliana é uma exposição permanente no museu, inaugurada em 13 de dezembro de 2016 e aberta ao público com dois andares da sede, no espaço Olavo Setúbal, e tem uma parede com 300 gravuras em um dos andares, em relação à flora e da fauna brasileira, relacionados à história do Brasil, desde o século XVI, abrangendo várias imagens de animais e plantas.

Ali, são exibidas 1.300 obras de duas coleções distintas pertencentes ao banco: a Brasiliana e Numismática (moedas) apresentando pinturas, desenhos, gravuras, mapas e documentos que retratam o Brasil desde a chegada dos colonizadores. Uma das ilustres obras que atraem a atenção é o retrato de Pedro 2º, e também há várias moedas e barras de ouro, criadas desde que os portugueses chegaram ao presente.

A exposição é dividida em nove módulos, montados em ordem cronológica. Em primeiro lugar, o Brasil desconhecido, que reúne imagens da impressão dos estrangeiros ao entrarem num país que acabavam de descobrir. No segundo, o Brasil holandês, há foco na chegada de Mauricio de Nasau, e as obras produzidas no país. Módulo três, The Secret Brazil, onde toda a atenção se concentra em Antônio Francisco de Lisboa, Aleijadinho. No módulo quatro, o Brasil de naturalistas ocupa os dois andares, sendo a parte da exposição que atrai a maior atenção, devido à presença de cor. Em O Brasil da Capital, há várias imagens que representam o Rio de Janeiro, através de panoramas da variedade de sua vegetação. No módulo O Brasil das províncias, há o panorama da cidade de São Paulo, com base na técnica do óleo sobre tela, considerado o trabalho mais importante das artes de Paulistan, antes da fotografia. No Brasil do Império é apresentada a realeza do Brasil, há produções artísticas retratando reis, príncipes e princesas. O Módulo de escravidão do Brasil nos lembra a escravidão, imagens e documentos de compra e venda. O último módulo, o Brasil dos brasileiros, tem obras produzidas por artistas brasileiros, enfatizando sua criatividade, há documentos assinados por todos os presidentes até Tancredo Neves.

Os dois andares que abriram o espaço de exposição foram reestruturados para expor os trabalhos da coleção. De acordo com o diretor do museu, Eduardo Saron, Itaú finalmente traz ao público uma das coleções de maior valor histórico e artístico no Brasil.

As moedas que se destacam na exposição são os holandeses, o primeiro cunhado no território brasileiro, em 1645 e 1646, durante a invasão holandesa no nordeste do país, em Recife. No total, existem mais de 6 mil peças em moedas, das quais 395 estão expostas. Estes mostram a produção do Brasil desde o início da colonização.

Para abrigar todos os itens da exposição, levou três anos de trabalho, onde os set designers e arquitetos tiveram que adaptar o pequeno espaço que eles tinham para mostrar o máximo de possíveis trabalhos. Além disso, em alguns módulos, impressões e pinturas originais foram transformadas em desenhos para explicar de forma didática o que aconteceria quando essas imagens foram criadas.

Através das obras, o visitante atravessa a linha do tempo e pode contemplar a montagem moderna lá, os textos claros e objetivos e as pinturas e gravuras de nomes como Debret, Descourltiz, Regendas e o duplo Spix e Martius; Estes revelam o fascínio dos europeus pela natureza e pelos habitantes. Além disso, o show tem quarenta vídeos que são capazes de dar movimento a alguns dos desenhos expostos, onde uma série deles faz, no corredor, com o qual o espectador anda pela flora brasileira, entre os insetos. Além disso, existem moedas e prateleiras raras com objetos que podem ser manipulados pelo público que passa.

A Coleção Brasiliana é uma iniciativa de Olavo Setubal, onde ele acreditava que para o banco, seria importante ter obras que contam a história do Brasil. Em 1970, ele começou a coletar o que encontrou e procurou encontrar mais trabalhos e entender sua relevância. Pinturas e documentos vieram de colecionadores nacionais e internacionais de famílias europeias que dificilmente conheciam a importância das obras que eles mantiveram. Quarenta anos depois, ele decidiu transformar essas obras em uma exposição que já passou por Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Fortaleza, Brasília e Paraná e agora está em São Paulo.

A exposição está disponível para visitação e é permanente, aberta ao público de terça a sexta-feira das 9h às 20h.