São Paulo 461 – Histórias e memórias de uma metrópole, Museu Afro Brasil

No 461º aniversário de São Paulo, o Museu Afro Brasil, uma instituição da Secretaria de Estado da Cultura de SP, realiza uma busca pela capital paulista, uma descoberta do que foi feito, do que foi produzido, do que foi registrado, da passagem desses anos. A exposição “SÃO PAULO 461 – HISTÓRIAS E MEMÓRIAS DE UM METROPOLE” guia essa arqueologia através de fotografias, iconografias, esculturas, livros, pinturas, figurinos, vestidos, poemas, mapas, instalações e depoimentos. O show também conta a história do samba na cidade, com shows dos músicos Cesinha Pivetta, Osvaldinho da Cuíca e Toinho Melodia.

A exposição realiza uma arqueologia, utilizando fotografias, iconografias, esculturas, livros, pinturas, figurinos, vestidos, poemas, mapas, instalações e testemunhos. São Paulo passou de uma vila simples para uma das capitais do mundo. A exposição reúne o passado, o presente e o futuro. Um passado que foi feito primeiro como uma vila e depois com seu esplendor dos belos edifícios, seus belos edifícios públicos e privados.

“Em 25 de janeiro do ano do Senhor, 1554, celebramos, em uma casa muito pobre e muito estreita, a primeira missa, no dia da conversão do apóstolo São Paulo e, por esse motivo, dedicamos nossa casa para ele.” Diz o Padre Anchieta, em uma carta aos superiores da Companhia de Jesus, sobre os fundamentos de uma pequena faculdade, nascida na maior cidade da América Latina e uma das maiores do mundo.

São Paulo passou de uma vila simples para uma das capitais do mundo. Para Emanoel Araujo, a exposição reúne o passado, o presente e o futuro. Um passado que foi feito primeiro como uma vila e depois com seu esplendor dos belos edifícios, seus belos edifícios públicos e privados. “Hoje essa antropofagia é ainda mais visível diante de sua grandeza e quase esquecimento daqueles dias dourados de café, das belas casas das grandes avenidas, de suas igrejas, de seus conventos, de suas imponentes casas que já evocavam seus cenário agitado e mutável de grandes picos da nova arquitetura que nasceu da riqueza que brotou de seu grande solo ”, afirma.

O mosaico da exposição é composto por telas dos pintores Massao Okinaka, Daniel Melim, Jacques Leclerc, Odetto Guersoni, Charles Pepford, Nilton Mesquita e Carolina Caliento, esculturas de Victor Brecheret e imagens capturadas pelo lendário alemão Lorca, Gaspar Gasparian, e outros fotógrafos anônimos. As fotografias revelam momentos históricos da cidade, como os desfiles de carnaval na Avenida Paulista na década de 1930; ícones flagrantes da cultura paulista, como o escritor modernista Mário de Andrade.

A mostra também conta com peças de vestuário produzidas por Maria Adelaide da Silva, trabalha com emblemas dos times de futebol da cidade, porcelana do século XIX, mapas, iconografias e selos comemorativos, entre outros objetos. A exposição também é composta de documentos sobre as transformações promovidas em São Paulo ao longo dos anos.

Outro aspecto abordado na exposição é a história do samba na cidade, uma resposta ao clichê equivocado de considerá-lo um “túmulo” do gênero musical. Em São Paulo, o samba se originou no interior, em forma de bateria, nas fazendas de café do século XIX, que receberam ondas de escravos da região do antigo Reino do Congo, África Central, trazendo suas danças nas quais a umbigada é o passo principal. Jongo, Batuque de Umbigada e Samba de Bumbo (chamados por Mário de Andrade de Samba Rural Paulista) solidificaram-se no ambiente rural e chegaram à capital na bagagem cultural de migrantes negros que, após a abolição da escravidão, dirigiram-se para a capital em a esperança de encontrar melhores condições de vida. Pelas ruas da crescente e vibrante São Paulo, a percussão rural foi moldada para as novas realidades do espaço urbano.

Museu Afro Brasil
O Museu Afro Brasil é uma instituição pública, mantida pela Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo e administrada pela Associação Museu Afro Brasil – Organização Social de Cultura.

O objetivo é ser um museu contemporâneo, onde os negros possam ser reconhecidos.

Mais de 6.000 obras destacam a importância do povo africano na formação da cultura, herança e identidade brasileiras, hoje conhecidas. Além disso, oferece uma celebração da arte e realizações dos africanos e afro-brasileiros.

A coleção é considerada a maior afro-americana da América, com mais de 6.000 obras-primas, esculturas, documentos, gravuras, cerâmicas, pinturas, artes contemporâneas, joias, objetos, relevos, fotografias e têxteis.

Mais de 70% da coleção está em exposição de longo prazo, retratando principalmente o Brasil, alguns países do continente africano, Cuba, Haiti e Estados Unidos.