Indo e vindo | Segall e Brasil, Museu Lasar Segall

Esta Exposição apresenta uma visão geral da produção de Lasar Segall, com foco especial no “Palco Brasileiro” e seus desenvolvimentos, sem deixar de lado períodos e tendências importantes, como sua produção inicial, fortemente influenciada pelo impressionismo e pelo período expressionista, até obras de final dos anos 50. A exposição também apresenta objetos de seu ateliê e residência, além de textos do artista, contextualizando cada período coberto.

Os textos, elaborados ao longo de sua carreira, revelam sua visão de mundo e como ele concebeu o papel do artista e das artes na sociedade. Eles foram editados na íntegra na publicação Museu Lasar Segall / Instituto Brasileiro de Patrimônio Cultural. Lasar Segall: textos, depoimentos e exposições (2. ed. Aum. São Paulo: Museu Lasar Segall, 1993). Suas idas e vindas fazem parte de sua jornada pessoal e artística. Temas como emigração, florestas e retratos, o Mangue Carioca são trabalhados e revistos, reforçando identidades, singularidades e injustiças sociais. Segall é um artista múltiplo, com transições estéticas, temáticas e expressivas recorrentes ao longo de sua produção. Sensível aos principais fatos históricos, ocorridos na primeira metade do século XX, sua arte reflete amplamente uma visão crítica da sociedade ocidental e de suas direções.

A chegar
Filho de um escriba da Torá (O Pentateuco), Segall nasceu em Vilna, Lituânia, em 1889. A partir desse período, Segall lembra: “[…] o que mais me fascinou foi ver como meu pai copiava o ‘Log’. Com uma tinta preta profunda, da escuridão do tom, que ele próprio preparou, os caracteres hebraicos monumentais se formaram no pergaminho branco ou amarelado, que ele também preparou. Eu também tentei desenhar essas letras, pintá-las, enriquecê-las com ornamentos da minha invenção ”.

Partindo
Em 1906, vai para Berlim, Alemanha, e entra na Academia de Belas Artes. Segall, como estrangeiro, relata sua chegada “[…] eu me encontrei em um mundo completamente estranho para mim; outras pessoas, outros costumes, outro idioma. Pareceu-me que caí em um planeta desconhecido, tão diferente era o mundo daquele em que cresci […] ”.

A chegar
Em 1910, ele se mudou para Dresden, na Alemanha, onde freqüentou a Academia de Belas Artes. Este é um dos principais períodos da vida de Segall, durante o qual ele aperfeiçoa sua técnica, participa ativamente do movimento expressionista e vive com inúmeras personalidades do mundo das artes. Em 1912, ele viajou para a Holanda.

Partindo
encontro com o Brasil. Primeira viagem em 1913, quando expôs seu trabalho em São Paulo e Campinas. Retorno a Dresden. Em 1914, com o início da Primeira Guerra Mundial e o conflito entre Alemanha e Rússia, Segall foi expulso da Academia e permaneceu até 1916 em Meissen, uma cidade perto de Dresden. No final de 1916, ele retornou a Vilna e encontrou a cidade destruída pela guerra. Diante desse cenário, ele faz uma série de impressões e desenhos. Retorno a Dresden.

A chegar
Em 1923, ele voltou ao Brasil, onde se estabeleceu em São Paulo. Ele conhece o Rio de Janeiro e fica encantado com sua geografia e população. Nesse período, ele executou vários desenhos e gravuras de negros, favelas e concebeu a série “Mangue”, que terminou mais tarde em Paris. Ele inicia sua série chamada “Fase Brasileira”, substituindo temporariamente ocre, cinza e preto por vermelho, verde e amarelo.

Partindo
Em 1928, ele viajou para Paris, onde ficou até 1932. Nesta fase, ele começou a produzir suas primeiras esculturas. Em 1929, ele visitou Kandinsky, Lyonel Feininger, Marcel Breuer e Moholy-Nagy, na Bauhaus em Dessau, Alemanha.

A chegar
De volta ao Brasil, ele se instala na Rua Afonso Celso, atualmente sede do Museu Lasar Segall.

Vai e volta
Em 1935, entre São Paulo e Campos de Jordão (SP), o artista realiza grandes séries, como suas “Florestas”, fortemente influenciadas pela natureza local. Mário de Andrade, seu crítico mais importante, elogia esse período como “um sentimento de serenidade séria, de uma vida silenciosa”.

Partindo
Segall morre em 2 de agosto de 1957 em sua residência. Em 1967, na Rua Afonso Celso, por iniciativa da viúva Jenny Klabin Segall e dos filhos Mauricio e Oscar, foi criado o Museu Lasar Segall.

Museu Lasar Segall
O Museu Lasar Segall, idealizado por Jenny Klabin Segall – a viúva de Lasar Segall – foi criado como uma associação sem fins lucrativos em 1967 por seus filhos Mauricio Segall e Oscar Klabin Segall. Está alojado na antiga residência e ateliê do artista, projetada em 1932 por seu cunhado, o arquiteto russo Gregori Warchavchik. Em 1985, o Museu foi incorporado à Fundação Nacional Pró-Memória, agora integrando o Instituto Brasileiro de Museus – IBRAM do Ministério da Cultura, como uma unidade especial. Além de sua coleção de museus, o Museu é um centro de atividades culturais, oferecendo programas de visitas guiadas, cursos nas áreas de gravura, fotografia e criação literária, projeção de cinema e também abriga uma grande biblioteca especializada em artes cênicas e fotografia. O Museu, como órgão federal, é apoiado pela Associação Cultural de Amigos do Museu Lasar Segall – ACAMLS, uma sociedade civil sem fins lucrativos, possibilitada pela colaboração de instituições públicas e privadas, além de indivíduos que colaboram com o Museu. .

Criado pela viúva de Lasar Segall, Jenny Klabin Segall, o Museu Lasar Segall foi criado como uma associação civil sem fins lucrativos em 1967 pelos filhos do casal, Mauricio Segall e Oscar Klabin Segall. A antiga residência e estúdio do artista, projetada em 1932 por seu cunhado, arquiteto Gregori Warchavchik, abriga a instituição. Em 1985, o Museu foi incorporado à Fundação Nacional Pró-Memória, e hoje é uma unidade do Instituto Brasileiro de Museus – Ibram, uma autarquia do Ministério da Cultura.

Além de seu acervo museológico, o Museu constitui-se como um centro de atividades culturais, oferecendo programas educacionais de visitas, cursos nas áreas de gravura, fotografia e literatura, além de abrigar um cinema e uma biblioteca especializada em artes cênicas e fotografia. O Museu, como órgão federal, é apoiado pela Associação Cultural de Amigos do Museu Lasar Segall – ACAMLS, uma sociedade civil sem fins lucrativos, possibilitada pela colaboração de instituições públicas e privadas, além de indivíduos.