Museu Nacional de História, Rio de Janeiro, Brasil

O Museu Histórico Nacional do Brasil foi criado em 1922 e possui mais de 287.000 itens, incluindo a maior coleção numismática da América Latina. O complexo arquitetônico que abriga o museu foi construído em 1603 como o St. James of Mercy Fort; as estruturas anteriores datam de 1567, erigidas por ordem do rei Sebastião I de Portugal. Em 1693, a prisão de Calaboose, para escravos, foi construída. Em 1762, a Casa do Trem foi adicionada como um depósito de armas e munições. As últimas adições são o Arsenal da Guerra (1764) e o Quartel (1835).

A formação do acervo do Museu Histórico Nacional começou com a transferência de itens de outras instituições que já existiam na época de sua fundação. Vários itens e peças vieram do museu do Arquivo Nacional e do escritório de numismática da Biblioteca Nacional. A Casa da Moeda, o Museu Nacional de Belas Artes, o Ministério do Exército e o Ministério da Marinha também contribuíram para a formação inicial da coleção.

Atualmente, o Museu Histórico Nacional ocupa todo o complexo arquitetônico de Ponta do Calabouço e se tornou o museu de história mais importante do país, reunindo um acervo de 258.000 itens, incluindo objetos, documentos e livros, e sendo uma instituição de produção e divulgação de conhecimento.

O Museu Histórico Nacional mantém galerias de exposições temporárias e de longo prazo em uma área de 9.000 m² aberta ao público, além de uma biblioteca especializada em História do Brasil, História da Arte, Museologia e Moda e o Arquivo Histórico com importantes documentos manuscritos, aquarelas, ilustrações e fotografias, incluindo Juan Gutierrez, Augusto Malta e Marc Ferrez.

Também mantém programas para estudantes, professores, idosos e comunidades pobres. Suas salas de armazenamento, laboratórios de conservação e restauração e numismática (coleta de moedas e outras figuras impressas) podem ser consultados mediante agendamento prévio. Pátios internos pitorescos e uma cafeteria amigável oferecem opções agradáveis ​​para momentos relaxantes.

História
Em um ponto que avançava sobre o mar, mais tarde conhecido como Ponta do Calabouço, entre as praias de Piaçaba e Santa Luzia, no centro histórico do Rio de Janeiro, em 1603, os portugueses construíram a Fortaleza de Santiago, a origem do complexo arquitetônico que agora abriga o Museu Histórico Nacional.

O conjunto arquitetônico
Ao longo dos séculos, outros edifícios foram adicionados à Fortaleza, como a Prisão do Calabouço (1693), destinada à punição de escravos; a Casa do Trem (1762), para guardar o “trem de artilharia” (armas e munições); o Arsenal da Guerra (1764) e o Quartel para abrigar tropas militares (1835).

Devido à sua localização estratégica para a defesa da Baía de Guanabara e da própria cidade, a região era uma área militar até 1908, quando o Arsenal de Guerra foi transferido para Ponta do Caju.

Na década de 1920, Ponta do Calabouço foi aterrada e reurbanizada para sediar a Exposição Internacional em comemoração ao Centenário da Independência do Brasil. Para integrar o evento, os prédios do antigo Arsenal de Guerra foram ampliados e “embelezados”, com decoração característica da arquitetura neocolonial.

O Museu
Em 1922, foram abertos ao público, abrigando o Palácio das Grandes Indústrias, um dos pavilhões mais visitados da Exposição Centenária e duas galerias do Museu Histórico Nacional, criado no mesmo ano pelo Presidente Epitácio Pessoa para fornecer ao Brasil com um museu dedicado à história nacional.

Durante 75 anos de atividades contínuas, o Museu montou a maior coleção sob os auspícios do Ministério da Cultura e tornou-se um importante centro cultural, ocupando gradualmente todo o complexo arquitetônico do Calaboose Point, onde ficava o Forte de Santiago.

Como o primeiro museu brasileiro a realizar um curso oficial de museologia, serviu como ponto de partida para a formação de outros importantes museus locais, tornando-se conhecido internacionalmente na década de 1940.

Atualmente, o Museu Histórico Nacional ocupa todo o complexo arquitetônico de Ponta do Calabouço e se tornou o museu mais importante da história do país, reunindo um acervo com cerca de 258 mil itens, entre objetos, documentos e livros, e sendo uma instituição de produção e disseminação de conhecimento.

Da Fortaleza de Santiago e da Prisão do Calabouço, apenas as fundações permanecem. No entanto, a Casa do Trem, restaurada ao seu aspecto colonial na década de 1990, o edifício Arsenal de Guerra e seu imponente Pátio da Minerva e o Pavilhão de Exposições de 1922, atualmente a Biblioteca, permanecem hoje, formando uma das coleções mais significativas. características arquitetônicas da cidade, com uma área de 20.000 m² entre as ruas de Santa Luzia e Av. Alfredo Agache.

O Museu Histórico Nacional mantém, em 9.000 m² de área aberta ao público, galerias de exposições temporárias e de longa duração, além da Biblioteca especializada em História do Brasil, História da Arte, Museologia e Moda, do Arquivo Histórico, com importante manuscrito documentos, aquarelas, ilustrações e fotografias, incluindo cópias de Juan Gutierrez, Augusto Malta e Marc Ferrez. Também mantém programas voltados para estudantes, professores, idosos e comunidades carentes. As áreas do Laboratório de Reserva Técnica, Conservação e Restauração Numismática (coleta de moedas e outros valores impressos) podem ser consultadas, mediante agendamento prévio.

Com o objetivo de ampliar os espaços destinados ao público, melhorar os serviços oferecidos aos visitantes, democratizar o acesso dos mais diversos segmentos da sociedade e possibilitar uma circulação e percurso adequados, o conjunto arquitetônico que abriga o Museu, entre 2003 e 2006, passou por importantes intervenções de restauração e modernização.

Recursos
O museu é caracterizado como um museu de história, com ênfase na História do Brasil, desde o período pré-Cabral até sua história contemporânea. Seus espaços de exposição abertos à visitação pública fazem parte de um conjunto arquitetônico distribuído em uma área total de 14.540 m², que soma os 3.212 m² de seus pátios internos (Pátio Epitácio Pessoa, também conhecido como Pátio dos Canhões, Pátio da Minerva, Pátio Santiago e Pátio Gustavo Barroso).

No térreo, fica o Tribunal dos Canhões, que apresenta uma coleção de canhões do período colonial e a exposição permanente “Do móvel ao carro”, com um grande número de carruagens do século XIX. Nesse andar também há a reserva técnica do museu e uma área do setor educacional, localizada no térreo da Casa do Trem. Existem também algumas galerias no térreo, usadas para exposições temporárias.

O segundo andar apresenta o longo circuito do museu, com as seguintes galerias: “Oreretama” (dedicado aos primeiros povos que moravam no Brasil e aos índios que ainda habitam o país); “Portugueses no mundo” (mostrando as trajetórias dos navegadores portugueses durante o período de grande navegação e o processo de colonização no Brasil); “State Building” (cobrindo a independência e o período imperial); e “A construção da cidadania” (que abrange tudo, desde a Proclamação da República à história contemporânea). A biblioteca do museu também está localizada neste segundo andar.

O Arquivo Institucional, o Laboratório de Conservação e Restauração, o acervo numismático (na Casa do Trem) e as áreas técnicas e administrativas do museu estão localizados no terceiro andar.

Coleção
A formação do acervo do Museu Histórico Nacional começou com a transferência de itens de outras instituições que já existiam na época de sua fundação. Vários itens e peças vieram do museu do Arquivo Nacional e do escritório de numismática da Biblioteca Nacional. A Casa da Moeda, o Museu Nacional de Belas Artes, o Ministério do Exército e o Ministério da Marinha também contribuíram para a formação inicial da coleção.

Eles ajudaram a compor a coleção do museu, em seu período inicial, a doação de colecionadores particulares, como a do senador baiano Miguel Calmon du Pin e Almeida, da família Guinle e da museóloga Sophia Jobin. Outra coleção importante, adquirida nos primeiros anos do museu, é a de esculturas religiosas em marfim pelo empresário e colecionador Souza Lima, comprada pelo presidente Getúlio Vargas em leilão promovido pela Caixa Econômica Federal, em 1940.

Arquivo de histórico
O arquivo histórico do Museu Histórico Nacional é constituído por coleções, a maioria de natureza particular, que abriga 55.600 documentos iconográficos e manuscritos, importantes para a história do Brasil.

Arquivo Institucional
Com 250 metros lineares de documentação variada, o Arquivo Institucional é uma fonte de pesquisa sobre a história da própria MHN, museus no Brasil, a história política e administrativa da cultura no país.

Bibliográfico
A Biblioteca do Museu Histórico Nacional oferece ao público uma vasta coleção, composta por obras do século XVI ao século XXI. São livros, brochuras, periódicos e materiais especiais, abordando temas como Arte Decorativa, Numismática, Filatelia, Roupas, História do Brasil, História do Rio de Janeiro, História de Portugal, Heráldica, Genealogia, Sigilografia, Gastronomia e Museologia.

Museológico
A coleção de museus do Museu Histórico Nacional, com cerca de 170 mil itens, é formada por coleções de objetos que datam da Antiguidade até os dias atuais. Esta coleção inclui uma tipologia variada de bens culturais.

A coleção numismática apresenta as coleções de moedas, medalhas, selos, selos sigilográficos e valores impressos, além do meio circulante do Brasil e de Portugal, totalizando mais de 150 mil itens. A qualidade da coleção torna a coleção numismática a mais expressiva da América do Sul.

Outros tipos de mercadorias tridimensionais – cerca de 22 mil itens de arte religiosa, joias, cestaria, brinquedos, obras de arte, arsenal, têxteis, entre outros objetos que datam dos séculos XVI ao XXI. O Museu Histórico Nacional fornece a primeira versão online de sua coleção de museus com 500 pinturas.

O projeto é resultado da cooperação entre o Ministério da Cultura (MinC), o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e a Universidade Federal de Goiás (UFG).

Exibição
A coleção aberta aos visitantes é dividida em várias exposições, permanentes e temporárias. As exposições permanentes incluem:

O “Pátio dos canhões”, que abriga a coleção de canhões do museu e reúne exemplares de Portugal, Inglaterra, França, Holanda e Brasil; foi a primeira exposição do país a ter legendas em braille;
“Oreretama”, é dedicado à presença de povos indígenas no país, desde o passado mais remoto até os dias atuais.
A exposição “Portugueses no Mundo” mostra o processo de colonização e seus desenvolvimentos econômicos e culturais, constituídos por peças relacionadas à navegação, cana-de-açúcar e lavouras de café, mineração, a chegada da corte portuguesa ao Brasil.
“A Construção do Estado” busca retratar a Independência do Brasil, o período imperial e a imigração do século XIX, entre outras questões relacionadas à época;
“A Construção da Cidadania” apresenta uma visão geral da história do país, da Proclamação da República à história contemporânea.
A exposição “De Móveis a Automóveis: transitando pela História”, que mostra 29 peças como cadeiras, carruagens e bolinhas de gude. Uma das raridades desta exposição é o carro Protos, pertencente a Barão do Rio Branco e um dos únicos dois no mundo.
O museu possui um setor educacional que atende escolas de ensino fundamental e médio, além de visitantes em geral. O visitante também pode usar guias de áudio em português, inglês e espanhol, além de uma versão visual apenas em libras. Uma parte dos itens em exibição possui modelos táteis com legendas em braille. Todas as áreas de visita do museu permitem a livre circulação de usuários de cadeiras de rodas.

Publicações

Revistas
Destinado à produção e disseminação de conhecimento desde a sua criação, o Museu Histórico Nacional lançou em 1940 o primeiro volume de seus Anais, uma publicação que circulava regularmente até 1975.
Após uma paralisação de duas décadas, a edição dos Anais foi retomada em 1995.

Com penetração no Brasil e no exterior, os Anais são material de referência para pesquisadores das áreas de humanidades e ciências sociais.

Em 1999, com o apoio da empresa DocPro, foi lançado o CD-ROM “Coletânea de Anais do Museu Nacional – 1940 a 1998”, atendendo a inúmeras solicitações de volumes já esgotados.

Livros
Anualmente, a MHN também publica o Livro do Seminário, que apresenta uma coleção de textos produzidos pelos palestrantes do Seminário Internacional, do ano anterior, e outros relacionados ao tema do seminário. Assim como os Anais, os livros dos seminários fazem parte da bibliografia obrigatória para concursos públicos.

Catálogos
Eventualmente, são produzidos catálogos e cadernos didáticos para exposições e guias para visitar exposições de longo prazo e itinerantes para professores, visitantes e guias turísticos, que podem ser adquiridos na Loja do Museu.