Conchas, corais, borboletas, Museu Nacional do Brasil (Restauração Digital)

A exposição “Conchas, corais, borboletas”, com um espaço de 350 metros quadrados, cerca de 2 mil invertebrados. O projeto de revitalização da exposição teve como objetivo preservar e disseminar as coleções e processos vinculados a pesquisas recentes nas áreas de Entomologia (ciência que estuda insetos) e Invertebrados, destacando os exemplos mais relevantes da fauna brasileira e estrangeira que fazem parte da coleção de Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

A exposição “Conchas, Corais, Borboletas” é uma exposição permanente dos departamentos de Invertebrados e Entomologia. A primeira mudança significativa foi levar a exposição a essas duas grandes galerias, dobrando o espaço. A segunda coisa foi a revisão completa da museografia. Todas as exposições e tudo foram feitos especialmente para esta exposição, e nela temos professores para separar a coleção e higienizar. É praticamente tudo original, um material extremamente delicado para cuidar, separar e restaurar.

A maioria dos itens da exposição são realmente animais que viveram na natureza e são conservados através de tratamento científico especializado. Entre os elementos expostos que não são reais, a réplica de uma lula gigante, o maior invertebrado do mundo, mede 8,62 metros e fascina os visitantes da exposição. Outro destaque que encanta os visitantes, principalmente as crianças, é o “jardim das borboletas”, uma enorme vitrine que abriga 1.400 réplicas de borboletas que formam uma nuvem amarela. Nesse caso, a necessidade de usar imitações surgiu da fragilidade dos corpos, o que impediu que fossem pendurados no museu.

Entre as novidades estão a réplica em tamanho real de uma lula gigante, a reprodução ampliada de dois insetos microscópicos e a instalação artística que apresenta o panapana – voo sincronizado de um bando de borboletas. Outro destaque são as 27 caixas de insetos, onde besouros e borboletas são a grande atração visual. O custo total da revitalização dessas exposições foi de R $ 500 mil, obtido através da Caixa Econômica Federal, CNPq e da Associação Amigos do Museu Nacional (SAMN).

Atualmente, o Museu Nacional faz parte da estrutura acadêmica da Universidade Federal do Rio de Janeiro e possui o maior acervo de História Natural e Antropologia da América do Sul. As peças que compõem as exposições abertas ao público fazem parte dos 20 milhões de itens das coleções científicas preservadas e estudados pelos Departamentos de Antropologia, Botânica, Entomologia, Geologia e Paleontologia, Invertebrados e Vertebrados.

A exposição Conchas, Corais, Borboletas faz parte do Programa Estratégico de Revitalização do Museu Nacional, que leva em consideração a importância da instituição no cenário cultural brasileiro, demonstrada pela visitação significativa de 300 mil pessoas / ano, e por ser referência em as áreas de ciências naturais e interesses antropológicos de interesse de pesquisadores brasileiros e estrangeiros.

Recuperação de espaço e recuperação de coleção
O projeto de revitalização da exposição teve como objetivo preservar e disseminar as coleções e processos vinculados a pesquisas recentes nas áreas de Entomologia e Invertebrados, destacando os exemplos mais relevantes da fauna brasileira e estrangeira que compõem a coleção. do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ênfase foi dada a aspectos dos respectivos habitats naturais, à história das pesquisas realizadas sobre o assunto e sua conexão com o meio ambiente nas sociedades contemporâneas.

A exposição Conchas, Corais, Borboletas está estruturada em sete módulos seqüenciais, que são apresentados de acordo com a biologia, anatomia, distribuição geográfica, habitat, importância científica e econômica e variabilidade (diversidade morfológica e cromática) das espécies. Considerou-se a apresentação de espécimes mais conhecidos, mas também os mais raros, os mais curiosos e / ou os mais bonitos.

A curadoria acadêmica (seleção de coleções, conceitos, textos explicativos, diagramas, mapas e lendas) coube a professores dos Departamentos de Entomologia e Invertebrados do Museu Nacional. Para isso, foi recuperado um novo espaço, composto por duas grandes galerias de 350m²: pintar as paredes, recuperar as molduras e pisos, instalar cortinas térmicas. Esse espaço contínuo de exposição e a ampla perspectiva das duas galerias permitiram o uso de mídias museográficas mais ousadas, proporcionando maior visibilidade à exposição.

A coleção foi limpa, mantida e montada pelo Setor de Museologia (SEMU), que também desenvolveu o projeto museográfico em conjunto com um escritório de design contratado. Este último ficou encarregado do projeto gráfico que completa a exposição.

O projeto da exposição consiste em: projeto de iluminação para salas e vitrines, fabricação de 27 novos expositores, 9 horizontais, 15 vitrines verticais e mais 3 grandes expositores (8 mx 4,50mts), 27 caixas entomológicas, 4 totens para biomas, 6 totens de TV com vídeos relacionados aos módulos (Porífera, Cnidários, Malacologia, Equinodermes, Crustáceos, Aracnologia e Entomologia), 1 borboleta artificial (6,5 m de altura), 1 grande vitrine para caranguejo gigante (peça original restaurada), 2 tabelas com diagramas esquemáticos da evolução história das espécies (cladogramas), réplicas de insetos (em grandes dimensões), réplica de uma lula gigante, além de painéis com textos informativos.

Os departamentos de invertebrados e entomologia
O Departamento de Entomologia do Museu Nacional originou-se em 1842 como um dos setores da antiga Seção de Zoologia e adquiriu o status de Laboratório de Entomologia Geral e Agrícola a partir de 1916. Em 1971, tornou-se reconhecido como um departamento da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Hoje, sua coleção possui cerca de cinco milhões de cópias, sendo um dos principais centros de referência para o estudo da fauna entomológica da América do Sul. Um dos mais importantes pesquisadores que passaram pelo Departamento, o Prof. José Cândido de Melo Carvalho, quando diretor do Museu, inaugurou a primeira exposição permanente de insetos em 1960.

A origem do Departamento de Invertebrados está ligada ao trabalho de naturalistas pioneiros no Brasil que, em meados do século XIX, já estavam nos escritórios do Museu Nacional, integrando a Seção de Zoologia. Em 1971, passou a ser reconhecido como um dos departamentos da UFRJ, atuando em pesquisa, ensino e extensão e contribuindo para a formação de várias gerações de estudantes. Suas coleções científicas de vários grupos de invertebrados, especialmente esponjas marinhas, cnidários, equinodermes, moluscos, crustáceos e aracnídeos, estão entre os mais importantes do mundo, reunindo milhares de espécimes, principalmente da fauna marinha, terrestre e aquática brasileira. doce e servir como fonte contínua de dados para pesquisas em biodiversidade no Brasil.

Museu Nacional no Rio de Janeiro
O Museu Nacional, vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), é a instituição científica mais antiga do Brasil que, até setembro de 2018, figurava como um dos maiores museus de história natural e antropologia das Américas. Está localizado dentro do parque Quinta da Boa Vista, na cidade do Rio de Janeiro, sendo instalado no Palácio São Cristóvão.

O Museu Nacional / UFRJ faz parte do Ministério da Educação. É a instituição científica mais antiga do Brasil e o maior museu de história natural e antropologia da América Latina. Fundada por D. João VI em 6 de junho de 1818, e inicialmente sediada em Campo de Sant’Anna, serviu ao país para promover o desenvolvimento cultural e econômico do país.

Originalmente chamado Museu Real, foi incorporado à Universidade do Brasil em 1946. Atualmente, o Museu faz parte da estrutura acadêmica da Universidade Federal do Rio de Janeiro. O Museu localizado no Paço de São Cristóvão, de 1892 – residência da Família Imperial Brasileira até 1889 – conferiu-lhe um caráter diferenciado se comparado a outras instituições da região. É o mesmo lugar em que a família real viveu há tantos anos (onde D. Pedro II nasceu e a Primeira Assembléia Constituinte Republicana), e hoje é a interface entre memória e produção científica.

O Museu Nacional abrigava uma vasta coleção com mais de 20 milhões de itens, abrangendo alguns dos registros mais relevantes da memória brasileira no campo das ciências naturais e antropológicas, bem como conjuntos de itens amplos e diversos de diferentes regiões do planeta, ou produzido por povos e civilizações antigas. Formada ao longo de mais de dois séculos através de coleções, escavações, trocas, aquisições e doações, a coleção foi subdividida em coleções de geologia, paleontologia, botânica, zoologia e antropologia biológica (incluindo os remanescentes do esqueleto de Luzia nesse núcleo). fósseis nas Américas), arqueologia e etnologia. Foi a base principal da pesquisa realizada pelos departamentos acadêmicos do museu – que desenvolve atividades em todas as regiões do país e em outras partes do mundo, incluindo o continente antártico. Possui uma das maiores bibliotecas especializadas em ciências naturais do Brasil, com mais de 470.000 volumes e 2.400 obras raras.