Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Brasil

O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM) é um museu localizado no nordeste do Parque do Flamengo, na cidade do Rio de Janeiro, Brasil. Fica no distrito do Centro, a oeste do Aeroporto Santos Dumont, na Baía de Guanabara.

O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio) é uma das instituições culturais mais importantes do Brasil. Está localizado na cidade do Rio de Janeiro, no Parque do Flamengo, próximo ao Aeroporto Santos Dumont. Seu prédio sede, a obra mais conhecida do arquiteto carioca Affonso Eduardo Reidy, segue a orientação da arquitetura racionalista, enfatizando o uso de estruturas vazadas e a integração com o meio ambiente.

O museu foi inaugurado em 1948, por iniciativa de um grupo de empresários presidido por Raymundo Ottoni de Castro Maia. É uma organização privada, sem fins lucrativos, nascida do contexto cultural e econômico que o Brasil vivenciou no segundo pós-guerra, em que se observou a diversificação dos equipamentos culturais do país, a aquisição de um patrimônio artístico valioso e a assimilação das correntes artísticas modernas.

Palco de vários eventos de grande importância na vanguarda artística brasileira, o museu ao longo de sua história acumulou uma coleção altamente representativa de arte moderna – a maior parte do qual foi perdida no trágico incêndio de 1978. Hoje conta com aproximadamente 11.000 objetos, Da coleção de Gilberto Chateaubriand, depositado sob um sistema de empréstimos no museu em 1993.

No Brasil, a década de 1940 foi um período marcado pela intensa participação do setor privado no processo de criação de uma rede de equipamentos culturais de alto nível e a consolidação da valorização da estética modernista entre colecionadores e intelectuais em geral. O período de grande prosperidade que o Brasil experimentou, propiciado pelo avanço da industrialização, contrastou com a difícil situação financeira vivida pela Europa após o fim da Segunda Guerra Mundial.

Em São Paulo, Assis Chateaubriand e Pietro Maria Bardi desenvolveram um método que permitiria financiamento privado para a aquisição de obras de grande relevância artística no extinto mercado internacional de arte, estabelecendo em 1947 o Museu de Arte de São Paulo – o primeiro museu espaço Do país para atuar com perfil do centro cultural. No ano seguinte, Ciccillo Matarazzo fundou o primeiro museu brasileiro dedicado exclusivamente às últimas tendências artísticas da época, o Museu de Arte Moderna de São Paulo, inspirado nos moldes do Museu de Arte Moderna de Nova York e, como o MASP, hélice do modelo de “museu vivo”, fundamentalmente estruturado em torno de um projeto didático.

O pós-guerra seria igualmente importante para a profusão de colecionadores privados, resultando, por exemplo, nas notáveis ​​coleções das irmãs Ema e Eva Klabin e do empresário Raymundo Ottoni de Castro Maya, importante adido cultural da capital do Rio de Janeiro, dedicado , Da mesma forma que Chateaubriand em São Paulo, para preencher lacunas importantes na cena artística do Rio de Janeiro, notadamente a fundação, em 1943, da Sociedade dos Cem Bibliófilos do Brasil.
Finalmente, o Museu de Arte Moderna teve sua ata de fundação escrita em 1948, sob a presidência de Raymundo de Castro Maya.

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O Museu nasceu como uma entidade civil em 1951, e no ano seguinte foi provisoriamente instalado no Palácio da Cultura. Em dezembro de 1952, a Câmara Municipal aprovou uma proposta de concessão de terreno de 40 mil metros quadrados para a instituição. No entanto, em 1958, quando o Bloco da Escola foi inaugurado, ocorreu a transferência para o local apropriado. O edifício da exposição (edifício principal) foi inaugurado em 1963.

O museu foi palco de vários eventos da vanguarda artística dos anos 60, dos Novos Realistas aos Neoconcretos. Acolheu os Pareceres de Opinião 65, Parecer 66, Nova Objetividade (1967) e o Compass Hall (1969). Foi na exposição New Objectivity que Hélio Oiticica expôs sua obra Tropicália, cujo nome deu origem ao Movimento Tropicalista.

Arquitetura
Criado em 1948, o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio) ocupa uma posição singular na arte brasileira, e não apenas por sua importância como polo cultural. O prédio que ocupa desde o final dos anos 1950, projetado por Affonso Eduardo Reidy, é um marco na arquitetura moderna brasileira. Atualmente, possui espaço de 4.500 m² exclusivamente para exposições.

Concebido para interagir com o ambiente – suas linhas horizontais contrastam com os contornos das colinas da cidade e as janelas ao longo das fachadas bem-vindas no design paisagístico de Burle Marx -, a arquitetura de Reidy é racional e escultural ao mesmo tempo. Não há lacunas entre a estrutura e sua aparência final, e seus amplos espaços abertos têm uma finalidade prática: dar às exposições liberdade de composição e atrair visitantes para os jardins no nível do solo.

Coleções
As coleções do MAM Rio somam cerca de 15.000 obras, incluindo esculturas, pinturas, fotografias, desenhos, gravuras, instalações e mídia contemporânea. Desde 1993, o MAM Rio tem a coleção Gilberto Chateaubriand emprestada – uma das mais completas coleções de arte brasileira dos últimos cem anos – e desde 2005 a coleção de fotografias de Joaquim Paiva também foi emprestada ao museu. Há uma exposição permanente de obras da coleção de Gilberto Chateaubriand, enquanto obras de outras coleções podem ser vistas em exposições temporárias. O MAM Rio também recebe exposições brasileiras e shows do exterior, atraindo novos e amplos públicos.

A Cinemateca realiza exibições regulares de seu extenso acervo de filmes, bem como de outros filmes, ao mesmo tempo em que fornece acesso à biblioteca de filmes para pesquisadores. A área de pesquisa e documentação e a biblioteca oferecem recursos importantes para o estudo da arte.

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