Estábulos de equitação reais, Museu Nacional de Treinadores, Portugal

O National Coach Museum está localizado na Praça Afonso de Albuquerque, no distrito de Belém, em Lisboa, em Portugal. O museu possui uma das melhores coleções de carruagens históricas do mundo e é um dos museus mais visitados da cidade.

História
Em 1726, o rei D. João V comprou a “Quinta de Baixo”, localizada junto ao rio Tejo, no agradável período de Belém, no oeste de Lisboa, onde havia várias casas nobres, incluindo o Palácio de Belém e um Picadeiro. Sessenta anos depois, a primitiva arena de equitação foi destruída e no ano seguinte foi erguida a atual, por iniciativa da criança D. João, o futuro rei João VI, grande entusiasta do hipismo. Este projeto neoclássico, atribuído ao arquiteto italiano Giacomo Azzolini, mostra o salão principal (51m x 17m), com dois andares, que apresenta no último andar duas galerias estreitas com colunatas encimadas por dois tribunos, onde outrora a Família Real e a Corte assistiu os jogos equestres. Entre 1792 e 1799, os pintores Francisco de Setúbal, Francisco José de Oliveira, Joaquim Lopes participou da decoração de interiores do Picadier Antigo. Disse “o Bugre” e o francês Nicolau Delerive. Nos motivos ornamentais utilizados na decoração do teto e nos painéis dos tampos do salão, predominam elementos ligados à arte equestre. Destacam-se no teto em tela pintada, três grandes medalhões ovais com cenas alegóricas.

Em 1786, a antiga arena de equitação foi demolida e, em seu lugar, foi construída uma nova escola de equitação, por ordem do príncipe João, futuro rei João VI, filho da rainha Maria I e do rei Pedro III, grande entusiasta da arte equestre.

As obras da Royal Riding School começaram em 1787 e, embora a estrutura do edifício estivesse pronta um ano depois, as decorações exteriores e interiores continuaram até 1828.

O projeto de estilo neoclássico atribuído ao arquiteto italiano Giacomo Azzolini, apresenta um grande salão com 50 m de comprimento e 17 m de largura, com dois andares. No piso superior, há arquibancadas conectadas por duas galerias estreitas com colunas, para a família real e a corte portuguesa assistirem aos jogos equestres

Em 1791, Francisco José da Costa forneceu os painéis de azulejos (azulejos pintados e vidrados) que decoravam os tribunos. Em 1793, foi colocada a balaustrada interior que circunda o salão, obra do gravador Gonçalo José.

Entre 1792 e 1799, os pintores Francisco de Setúbal, Francisco José de Oliveira, Joaquim José Lopes, denominados “o Bugre”, e o francês Nicolau Delerive, entre outros, trabalharam na decoração de interiores.

Elementos ligados às artes equestres são dominantes entre os motivos decorativos usados ​​em toda a decoração de teto e painel na parte superior do salão.

Destacam-se as cenas alegóricas pintadas sobre tela nos três grandes medalhões ovais no teto da pista de equitação.

Em 1904, quando o Picadeiro foi adaptado ao Museu, as obras foram conduzidas sob a orientação de Rosendo Carvalheira, arquiteto dos Palácios Reais, e as pinturas foram restauradas pelos pintores José Malhoa e António Conceição e Silva. Em 23 de maio de 1905, o Museu dos Coches Reaes foi aberto ao público em Lisboa, por iniciativa da rainha D. Amélia d’Orleães e Bragança. Anos mais tarde, em 1940, ocorreu uma nova campanha liderada pelo arquiteto Raul Lino, que permitiu a expansão da área de exposições com a construção de um novo Side Hall, embora a falta de espaço ainda fosse sentida. Para resolver esse problema, a Secretaria de Estado da Cultura adquiriu em 1994 os ex-Escritórios Gerais do Exército em Belém para construir um novo prédio para o Museu Nacional de Trens. Atualmente, permanece no espaço do antigo Picadier,

O trabalho foi realizado sob a direção de Rosendo Carvalheira, arquiteto dos Palácios Reais, para transformar a arena em um museu. Os artistas José Malhoa e António Conceição e Silva restauraram as pinturas na época.

Em 1911, o museu muda seu nome para National Coach Museum.

Em 1944, é inaugurado um novo salão projetado pelo arquiteto Raul Lino, permitindo a exibição de mais veículos, embora ainda não a coleção completa, pois a falta de espaço continua sendo um problema.

Em memória do extraordinário trabalho iniciado pela rainha Amélia, que protegeu o legado dos veículos puxados a cavalo, a Old Riding School continuará a acomodar um núcleo de exposições com carruagens, berlins, a galeria de retratos da Família Real de Bragança dinastia, além de vários acessórios de cavalaria relacionados às artes equestres.

Coleção

Histórico da coleção
O Museu reúne uma coleção única no mundo de carros ou aparelhos de gala, alguns viajando e viajando, dos séculos XVI ao XIX, principalmente da Casa Real Portuguesa, à qual foram adicionados veículos da propriedade e das coleções da Igreja. privado, após o estabelecimento da República em 1910. Este excelente conjunto de veículos permite ao visitante entender a evolução técnica e artística dos meios de transporte de tração animal, utilizados pelas cortes européias até o aparecimento do automóvel. A coleção inclui ônibus, sedãs, vagões, carruagens, carrinhos, carrinhos de criança, macas e assentos de carro. Complete a coleção, arnês de tiro e cavalaria, acessórios para carros, uniformes, instrumentos musicais, um núcleo de arsenal e retratos a óleo dos monarcas da Casa de Bragança.

Quando, em 1905, o Royal Coach Museum abriu suas portas, a coleção era composta apenas por peças pertencentes aos Bens Crown, coletadas em vários armazéns, estábulos e estábulos dos Palácios Reais de Belém, Ajuda e Necessidades. Mais tarde, os membros da Família Real enriqueceram a coleção com objetos relacionados ao museu, onde foram depositados indefinidamente. Esta coleção inclui alguns arneses exóticos, como um arnês de caça mexicano (em prata), dois arnês argelinos – oferecidos à rainha D. Amelia pelo coronel Ben-Daoud -, uma sela de gaúcha (brasileira), um arnês com aplicações de prata, oferecido à D Carlosby, presidente do estado do Rio Grande do Sul, um chicote indiano (Goa) oferecido em 1872 pelo chefe hindu da família Sinai Dempó ao infante D. Augusto, filho de D. Maria II,

Em 1911, sob a Lei de Separação de Estado e Igreja, começaram a entrar no Museu peças dos antigos conventos e casas religiosas. Posteriormente, e graças à política de aquisição e ofertas pessoais, na direção de Luciano Freire, o Museu passou a ter uma coleção significativa de desenhos, gravuras e material gráfico nos quais predominam estudos e projetos de veículos. Ao mesmo tempo, em 1912, os primeiros retratos a óleo da família real portuguesa foram incorporados à coleção da MNC – D. Catarina de Bragança que se casou com o rei Carlos II da Inglaterra, D. João V, D. Maria Ana da Áustria, príncipe D. Joséand D. Maria I – do Palácio Patriarcal de S. Vicente de Fora, juntamente com oito treinadores e bolinhas de gude dos antigos Patriarcas.

Um núcleo importante são os uniformes e acessórios de vestuário de altos funcionários da Corte, da Guarda Real e dos funcionários da Casa Real que faziam parte das procissões e cerimônias reais, provenientes quase inteiramente do Palácio das Necessidades em 1913, incluindo seis Tabardos dos Reis de Armas e seus colares com as armas de D. José, seis maças – em prata maciça – dos porteiros do Mace, vinte e duas trombetas da Charamela Real, algumas das quais com os estandartes correspondentes, dezesseis alabardas de os reinos de D. José, D. Maria I e D. João VI, um poste de marfim (símbolo do poder real), designado por Negrinha, quatro saias timpani, um pavilhão real e uma capa com estrelas douradas, além de televisões, xales e outros acessórios destinados a anunciar os cavalos.

Ao longo dos anos, muitas outras peças foram adicionadas ao núcleo da coleção, resultado de doações, aquisições ou trocas realizadas pelos vários diretores. Por outro lado, as políticas de incorporação das instituições museológicas visando à uniformidade e coerência das coleções próprias, levaram a que elas fossem depositadas na MNC, veículos que vieram para completar a coleção com diversas tipologias ou veículos com história extraordinária, como o Landau do Regicídio, do Palácio Nacional da Ajuda, carros de caça ou de caça do Museu de Évora ou o Palácio Ducal de Vila Viçosa Charabã, a Mala-Posta da Fundação Portuguesa das Comunicações, entre outros.

Coleções por tipo

Carro
A coleção Car inclui ônibus, berlins, carruagens, carruagens, carrinhos, ninhadas, poltronas, phaeton, senhor, vitórias, carrinhos de bebê, carros de caça e Charaba e carros de caça, landaus e veículos urbanos como clarence, brougham (ou cupê) dormeuse (bloco de corte) , pausas, calças e até malas.

Carros mais antigos dos séculos XVI ao XVII – O museu abriga alguns dos ônibus mais antigos do mundo. A designação se origina na cidade húngara de Kocs, onde os primeiros modelos foram feitos, depois exportados para a Itália e adotados por todos os tribunais europeus. Deste período, no Museu Nacional de Treinadores, encontra-se o Coche de Filipe II, pertencente ao rei Filipe II (Filipe III da Espanha), que o utilizou durante sua visita a Portugal, em 1619. É o carro mais antigo da coleção do Museu. .

Símbolos do Poder – Século 18 – É no reinado do rei João V que o poder real atinge seu maior expoente. Essa ostentação também se reflete nas decorações dos magníficos treinadores usados ​​em cerimônias de grande escala que impressionaram as pessoas. O carro de aparato construído pelo rei D. João V para a Casa Real Portuguesa é um exemplo desse período.

Carros triunfais Século XVIII – Exemplos únicos do barroco italiano são três ônibus principais da embaixada do Marquês de Fontes enviados a Roma pelo rei João V ao papa Clemente XI em 1716.

Barroco português do século XVIII – Nos carros desse período, o trabalho de talha dourada e pinturas das caixas revelam composições harmoniosas entre temas sagrados e profanos. É na decoração da Coche de D. José que podemos observar melhor toda a exuberância do estilo barroco em Portugal.

Troca de princesas do século XVIII – A dupla cerimônia de casamento na fronteira de Caia entre um príncipe de Portugal e uma infanta espanhola e um príncipe de Espanha e uma infanta portuguesa reflete a retomada das boas relações diplomáticas entre os dois países desde a Restauração. de independência em 1640. Depoimentos deste grande evento são os treinadores e mármores que participaram desta viagem.
Mármores dos séculos 18 e 19 – modelo de carro que aparece em Berlim na segunda metade do século XVII. Distingue-se do treinador pelo tipo de suspensão. A caixa não está mais suspensa e agora repousa sobre duas tiras de couro fortes que lhe conferem maior estabilidade e tornam a viagem mais confortável.

Veículos eclesiásticos – Os membros do alto clero tinham um status equivalente ao da nobreza e tinham seus próprios veículos identificados por armas prévias. Em certas cerimônias, imagens religiosas eram carregadas em mármores processuais.

Seges do século XVIII – Os Seges eram veículos puxados por um ou dois cavalos, muito discretos e práticos para a vida cotidiana. Eles poderiam ser conduzidos pelo próprio passageiro ou por um bolleiro, um homem que andava a cavalo ao lado da cerca segurando as rédeas. Eles foram os primeiros carros de aluguel em Lisboa. Sege dos óculos (português).

Carrinhos do século XVIII – Construídos na época de D. Maria I, são carros leves, decorados em estilo rocaille, puxados por um único cavalo e usados ​​pela Família Real para passeios nos jardins e telhados dos Palácios.

Cadeiras para maca e assento – As cadeiras para maca eram usadas na Europa desde os tempos romanos até o século 19 porque eram fáceis de manobrar em caminhos onde outros veículos não podiam circular. As cadeiras eram usadas, especialmente nas ruas estreitas das cidades, para transportar damas da nobreza, doentes ou membros do clero.

Carrinhos do século XIX – Esses carros de caixa preta, de linha única, de couro preto foram usados ​​para passeios ao ar livre no campo ou na cidade. Wins e Phaetons são modelos que podem ser conduzidos pelo próprio passageiro.

Carrinhos – Pequenos carrinhos feitos como carros adultos para pequenos príncipes e princesas passearem em parques e jardins. Eles podem ser puxados por pôneis ou ovelhas.

Carros de Caça – A caça sempre foi um dos grandes entretenimentos da nobreza. No século XIX, os charabanos serviram para transportar caçadores e escoltas para os calçadões. As damas podiam sentar-se nesses carros assistindo às caçadas em lugares altos.

Carruagens de gala – carros de aparelhos usados ​​pela família real e nobreza em festas de gala, como coroações, entradas públicas, tribunais de casamento e batismos e em cerimônias religiosas.

Carros urbanos – No século XIX, vários modelos de carros fechados ou abertos para circular nas cidades. Eles apresentam recursos técnicos inovadores que facilitam a condução e oferecem aos passageiros mais segurança e conforto. É aqui que surgem os sistemas de freios integrados, pneus de borracha, guarda-lamas, diferentes tipos de molas dos amortecedores e a campainha.

Malas – Post – Aparecem no final do século XVIII para transportar correspondência. Estes eram veículos muito robustos, puxados por duas ou mais equipes e se tornaram o primeiro transporte público entre cidades. Eles carregavam passageiros e bagagem dentro e no teto. Com a aparição do trem, alguns desses veículos deixaram de ser úteis e foram adquiridos por famílias nobres para passeios e caça.

Outras coleções
O museu também possui outras coleções de mercadorias ligadas à operação de ônibus e quadras.

Arnês Equestre
Acessórios de cavalaria e jogos equestres onde fica o Staph.

Acessórios para automóvel
Campanha, Acessório para Troca de Rodas.

Uniformes
Uniformes da corte.

Arsenal
Caixas de armas, espadas, marlins, alabardas.

Instrumentos musicais Shawm real (século XVIII)
Coleção de trombetas de prata com as armas reais de D. José, D. Maria I e D. Pedro III, saias timpanis com armas de D. Pedro III, livros de música de Rimpiano, Timpano e Clarin.

Documentário Imobiliário
Desenhos de arquitetura, Coaching de desenhos para decoração de casa, gravuras e gravuras, fotografias, cartões postais. Calcografia Cobre 1ºC Coche da Embaixada de Melo e Castro.

Histórico-Documentário Imobiliário
Objetos pertencentes à Casa Real doados ou parte do Antigo Fundo, como retratos a óleo dos monarcas da Casa de Bragança e da Família Real; pintura de paisagem com iconografia de veículos em procissões; Capa da Rainha D. Amélia de Bragança classificada como (Bens de Interesse Nacional); Tapeçarias do Royal Aubusson Manufacturing Workshop; Móveis antigos para museus.

Reis e rainhas de Portugal
A exposição “Reis e Rainhas de Portugal” tem uma abordagem recreativa inesperada e pode ser vista na Galeria do 2º andar. As 35 pinturas representam as quatro dinastias que governaram o reino até 1910.

Oficina de Conservação e Restauro
O amplo espaço técnico fornecido pelo novo National Coach Museum, localizado no térreo, abrange o local da Oficina de Conservação e Restauração.

Dada a grande variedade de materiais e técnicas de produção utilizadas, a conservação de veículos de tração animal requer uma abordagem multidisciplinar envolvendo um cruzamento entre a experiência em conservação e restauração e as habilidades do conhecimento tradicional.

O Workshop foi planejado para responder às necessidades do museu, de modo a garantir o estudo e a requalificação de seu legado. Também pode se tornar um centro especializado de conservação e restauração, funcionando como um centro de treinamento para estagiários e bolsistas nacionais e internacionais.