Oreretama, Museu Nacional de História do Brasil

O cenário reproduz uma caverna no Parque Nacional Serra da Capivara, Piauí, com desenhos de cavernas representando animais. Sambaquis, encontrado no litoral do Rio de Janeiro, alerta para a necessidade de preservar sítios arqueológicos e o meio ambiente.

Uma palavra que em Tupi significa “nosso lar”, Oreretama apresenta às populações indígenas, sua cultura, ferramentas, mitos e conhecimentos. Coleção e documentos multimídia da cerimônia Kaurup.

A exposição “Oreretama” inicia o circuito de longa duração do Museu Histórico Nacional, apresentando a reprodução cênica da caverna da Serra da Capivara, localizada na cidade de São Raimundo Nonato, no Piauí.

A instalação apresenta a arte rupestre transmitida por gravuras, que revelam o processo de formação da identidade cultural de nossos antepassados ​​nativos e também reconhecem nossa própria nacionalidade.

Primeiros habitantes
Quando os europeus entraram em contato com os habitantes do Novo Mundo no final do século XV e início do século XVI, as populações indígenas já existiam há pelo menos 500 séculos. Durante esse longo período, essas populações se adaptaram ao meio ambiente e construíram suas habitações, utensílios, mitos e conhecimentos e cultura.

Ao entrar na exposição, há uma cena de caverna com pinturas rupestres, encontrada na Serra da Capivara, localizada no norte do Brasil. A área possui mais de 400 sítios arqueológicos.

A palavra “Oreretama” significa nossa terra, ou moradia, em Tupi, o tronco linguístico ao qual pertence um grande grupo de nativos, descendentes dos primeiros habitantes dessa terra tropical.

Os povos indígenas
A arte, os costumes e as crenças dos primeiros habitantes do Brasil têm um lugar de destaque no Museu Nacional de História. Armas, artesanato e até mesmo um vídeo mostrando cenas de kuarup – um ritual tradicional indiano – podem ser vistas nesta fase da exposição.

Aspectos da vida indígena: sua arte, armas e costumes. Armas de defesa e figurinos para rituais.

Da caverna ao século XXI
O Circuito de Exposições começa no térreo, na sala das escadas rolantes, com painéis que contam a história do conjunto arquitetônico. Destaque para a escultura equestre de D. Pedro II, de Francisco Manoel Chaves Pinheiro. No salão do segundo andar, há acesso à galeria com teto decorado por Carlos Oswald, onde a multivisão é projetada na trajetória do Museu Histórico Nacional. Após a exposição, as exposições apresentam a história do Brasil: coleção tradicional, peças contemporâneas e recursos multimídia ajudam o visitante a entender a história.

Museu Nacional de História do Brasil
O Museu Histórico Nacional do Brasil foi criado em 1922 e possui mais de 287.000 itens, incluindo a maior coleção numismática da América Latina. O complexo arquitetônico que abriga o museu foi construído em 1603 como o St. James of Mercy Fort; as estruturas anteriores datam de 1567, erigidas por ordem do rei Sebastião I de Portugal. Em 1693, a prisão de Calaboose, para escravos, foi construída. Em 1762, a Casa do Trem foi adicionada como um depósito de armas e munições. As últimas adições são o Arsenal da Guerra (1764) e o Quartel (1835).

A formação do acervo do Museu Histórico Nacional começou com a transferência de itens de outras instituições que já existiam na época de sua fundação. Vários itens e peças vieram do museu do Arquivo Nacional e do escritório de numismática da Biblioteca Nacional. A Casa da Moeda, o Museu Nacional de Belas Artes, o Ministério do Exército e o Ministério da Marinha também contribuíram para a formação inicial da coleção.

Atualmente, o Museu Histórico Nacional ocupa todo o complexo arquitetônico de Ponta do Calabouço e se tornou o museu de história mais importante do país, reunindo um acervo de 258.000 itens, incluindo objetos, documentos e livros, e sendo uma instituição de produção e divulgação de conhecimento.

O Museu Histórico Nacional mantém galerias de exposições temporárias e de longo prazo em uma área de 9.000 m² aberta ao público, além de uma biblioteca especializada em História do Brasil, História da Arte, Museologia e Moda e o Arquivo Histórico com importantes documentos manuscritos, aquarelas, ilustrações e fotografias, incluindo Juan Gutierrez, Augusto Malta e Marc Ferrez.

Também mantém programas para estudantes, professores, idosos e comunidades pobres. Suas salas de armazenamento, laboratórios de conservação e restauração e numismática (coleta de moedas e outras figuras impressas) podem ser consultados mediante agendamento prévio. Pátios internos pitorescos e uma cafeteria amigável oferecem opções agradáveis ​​para momentos relaxantes.