Galeria Miguel Rio Branco, Instituto Inhotim

Resultado de um longo processo de colaboração entre Inhotim e o artista, o Pavilhão Miguel Rio Branco foi construído nos últimos dois anos para abrigar uma apresentação abrangente de sua produção. As obras montadas apresentam a imagem fotográfica em diferentes suportes, como fotos individuais, polípticos, painéis, filmes, instalações audiovisuais e multimídia, oferecendo uma grande colagem multifocal da obra do artista, enquadrada por um arrojado projeto arquitetônico. As obras incluem imagens produzidas nos últimos 30 anos, desde suas séries iniciais, como Maciel (1979), realizada em Pelourinho, em Salvador, até suas instalações mais recentes, nas quais sua pesquisa atende ao impulso espacial da arte contemporânea.

Biografia
Miguel Rio Branco (Las Palmas, 11 de dezembro de 1946) é um artista e fotógrafo multidisciplinar brasileiro.

Seu pai era diplomata e, durante a infância, morou em Portugal, Suíça, Brasil e Estados Unidos. Em 1966, estudou no Instituto de Fotografia de Nova York e, em 1968, na Escola de Design Industrial do Rio de Janeiro. Começou a se dedicar à pintura e, em 1974, realizou uma exposição de suas pinturas em Berna, desde que residia na Suíça. Ele também colaborou em produções cinematográficas, principalmente como diretor de fotografia.

Ele começou a colaborar com a agência Magnum em 1980 e, em 1982, tornou-se correspondente, nem mesmo membro.

A partir da Bienal de São Paulo de 1983, começou a fazer instalações espaciais combinando fotografias e música, procurando uma espécie de “poesia documental”.

Partindo de imagens tiradas em 1979 no Pelourinho, em Salvador, ele fez um curta-metragem intitulado Nada que levarei quando morrer, aquelas que devo colecionar no inferno que o autor considera um “documentário poético”.

Em 1985, publicou o livro Doce Suor Amargo, que ganha vida no centro histórico da cidade de Salvador, abandonado. Outros livros publicados são Nakta em 1996, Silent em 1997, Miguel Rio Branco em 1998, Pelé do Tempo em 1999, Gritos Surdos e Entre os Olhos, ou Deserto em 2002 e Plaisir um douleur em 2005.

Arte contemporânea
O Instituto Inhotim abriga um complexo de museus com uma série de pavilhões e galerias com obras de arte e esculturas expostas ao ar livre. O surgimento do Inhotim no cenário das instituições culturais brasileiras tem sido marcado, desde o início, como missão de criar um acervo artístico e definir estratégias museológicas que permitam à comunidade acessar bens culturais. Nesse sentido, trata-se de aproximar o público de um conjunto relevante de obras, produzido por artistas de diferentes partes do mundo, refletindo de maneira atual sobre questões contemporâneas.

Inhotim é a única instituição brasileira que exibe continuamente uma coleção de excelência internacional em arte contemporânea.

Graças a uma série de contextos específicos, o Inhotim oferece um novo modelo longe do dos museus urbanos. A experiência de Inhotim está amplamente associada ao desenvolvimento de uma relação espacial entre arte e natureza, que permite aos artistas criar e exibir suas obras em condições únicas. O espectador é convidado a visitar jardins, paisagens de florestas e ambientes rurais, perdendo-se entre lagos, trilhas, montanhas e vales, estabelecendo uma experiência ativa do espaço.

Novos projetos são abertos periodicamente, incluindo obras criadas para cada site e recortes monográficos e temáticos da coleção, tornando o Inhotim um lugar em contínua transformação.

Instituto Inhotim
O Instituto Inhotim está localizado em Brumadinho, a 60 quilômetros de Belo Horizonte, capital do estado de Minas Gerais e a terceira maior área metropolitana do Brasil. Inhotim possui uma coleção de arte de relevância internacional, localizada a 140 hectares de florestas e jardins botânicos.

A instituição surgiu em 2004 para abrigar a coleção de Bernardo Paz, empresário da indústria de mineração e aço, casado com a artista carioca Adriana Varejão, e há 20 anos começou a descartar sua valiosa coleção de arte modernista, que incluía obras de Portinari, Guignard e Di Cavalcanti, para formar a coleção de arte contemporânea que agora se encontra em Inhotim. Em 2014, o museu ao ar livre foi eleito, pelo site do TripAdvisor, um dos 25 museus do mundo melhor classificados pelos usuários.

Além das galerias dedicadas a apresentações individuais do artista e das obras permanentes ao ar livre, as galerias Fonte, Lago, Mata, Praça e Galpão abrigam exposições temporárias extraídas da crescente coleção de arte contemporânea, que agora consiste em mais de 700 obras de 200 artistas de diferentes países. ao redor do mundo. Ao colaborar com artistas na encomenda de novas obras e na adaptação das existentes a novos espaços, os projetos artísticos de Inhotim lidaram com a paisagem e a natureza e acumularam um impressionante grupo de obras de grande escala. Tendo surgido de um jardim privado, o Inhotim desenvolveu uma intensa linha de trabalho voltada à preservação e desenvolvimento da vegetação e à pesquisa botânica, buscando novas formas de preservar a biodiversidade da região e do Brasil.

Paralelamente ao seu papel cultural, atividade que qualificou o instituto como uma organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP). Em 2010, a instituição recebeu o título oficial de Jardim Botânico pela Comissão Nacional de Jardins Botânicos. A exuberante coleção botânica é mostrada nos jardins da instituição e contém cerca de 5.000 espécies de plantas, muitas delas ameaçadas de extinção.