Mala-Posta, Museu Português das Comunicações

Inaugurada em 2004, quando duzentos anos se passaram após o final do primeiro período de operação de Mala-Posta (Lisboa para Coimbra, de 1798 a 1804), esta exposição recria situações em grande escala associadas ao transporte de correio e pessoas em uma das estações de muda, entre o final do século XVIII e o início do século XIX. Os números de funcionários e passageiros parecem ter sido imobilizados no momento em que o tempo parou e, no próximo instante, eles voltarão à sua vida normal.

Mala-Posta surgiu em Portugal como parte do processo de extinção do Escritório Correio-Mor, que durante cerca de dois séculos esteve na posse da família Gomes da Mata, após a qual foi explorada pelo Estado em 1797.

Naquela época, na maioria dos países europeus, as estações de correios a pé ou a cavalo já haviam dado lugar ao transporte de transporte e também cobriam o transporte de passageiros.

José Mascarenhas Neto, quando foi nomeado superintendente geral de correios e correios, instituiu o serviço de Mala-Posta. É autor do «Método de construção das estradas de Portugal» e das «Instruções para o estabelecimento das diligências entre Lisboa e Coimbra». Este regulamento estabeleceu, além das regras de conduta que envolviam pessoal e passageiros, as rotas, paradas e respectivos horários nas “Pousadas” e “Casas de Posta”, que devem ser marcadas com as Armas Reais.

Com António Fontes Pereira de Melo à frente do Ministério das Obras Públicas, a partir de 1852, houve uma grande reforma dos serviços de comunicação. O método «Mac-Adam» é utilizado na estrada Lisboa-Porto, são adquiridas novas carruagens francesas e novos cavalos. As estações de muda também sofrem mudanças, tendo um estilo arquitetônico tipificado e também servindo para os viajantes jantarem e pernoitarem.

Em 1859, a conexão entre Lisboa e Porto através das carreiras de Mala-Posta levou 34 horas e passou por 23 estações de mudas.

Apesar do bom serviço prestado pelas diligências na época, sua extinção foi irreversível com a aparência do trem, embora permanecessem em atividade por algum tempo, como atestado pelos “Manuais do Viajante” da época.

Fundação Portuguesa das Comunicações
O Museu das Comunicações, inaugurado em 1997 na Rua do Instituto Industrial, 16, em Lisboa, é um espaço pedagógico de natureza científica e tecnológica, onde, de maneira lúdica e interativa, você pode ter acesso a informações sobre o passado das comunicações e também sobre as tecnologias do futuro. O Museu das Comunicações pertence à Fundação Portuguesa das Comunicações – FPC e é responsável pelo acervo museológico dos seus fundadores (ANACOM, CTT e Portugal Telecom) e pela sua divulgação.

Localizada na zona ribeirinha de Lisboa, a Fundação Portuguesa das Comunicações (FPC) foi criada em 1997 pelos membros fundadores ANACOM, CTT e MEO.

O FPC é o guardião da herança da comunicação em Portugal e o seu principal objetivo é conservá-la e divulgá-la. Também visa afirmar-se como uma instituição cultural e científica reconhecida nacional e internacionalmente, que desempenha um papel ativo na promoção da cidadania, alfabetização, aprendizado e inclusão social.
O patrimônio existente inclui uma valiosa coleção de peças que vão do século XVI até os dias atuais.

Esta herança está agrupada nas coleções Postal, Telecomunicações e Arte e Filatelia. Também pode ser consultado no Arquivo Histórico, no Arquivo de Iconografia e na Biblioteca, e on-line nos Catálogos Digitais.

O Museu das Comunicações é uma parte ativa e visível da consecução do objetivo da Fundação. Realiza exposições sobre ciência e técnicas ligadas ao setor, permitindo aos visitantes conhecer sua história e conhecer o futuro das tecnologias, destacando as exposições permanentes Superando a Distância – Cinco Séculos de Comunicação em Portugal, Mail Coach e a Casa do Futuro na nuvem – vivendo em uma cidade inteligente, além de exposições de arte contemporânea.

A Fundação é, portanto, um lugar no qual o passado, o presente e o futuro das comunicações estão entrelaçados. É uma plataforma para inovação e experimentação de novas tecnologias e seu impacto na maneira como as pessoas organizam e vivem suas vidas diárias.