José Ferraz de Almeida Júnior

Almeida Júnior (Itu, 8 de maio de 1850 – Piracicaba, 13 de novembro, 1899) foi um pintor brasileiro eo relator da segunda metade do século 19. Ele é frequentemente aclamado pela biografia como um precursor da abordagem de temas regionalistas, introduzindo temas até então inéditos na produção acadêmica brasileira: o amplo ênfase dada a personagens simples e anônimos e a confiabilidade com a qual ele retratou a cultura do país, suprimindo a monumentalidade em voga no ensino artístico em favor de um naturalismo.

Foi certamente o pintor que melhor assimilado o legado do Realismo de Gustave Courbet e Jean-François Millet, articulando-as ao compromisso da ideologia dos salões de Paris e estabelecer uma ponte entre o verismo íntimo e a rigidez formal do academicismo, característica que o tornou bastante famoso mesmo em vida. De forma semelhante, sua biografia ainda é objeto de estudo, sendo de especial interesse as histórias e lendas relacionadas com as circunstâncias que levaram ao seu assassinato: Almeida Júnior morreu esfaqueado, vítima de um crime passional.

O Dia do Artista Plástico brasileiro é comemorado em 8 de maio, data de nascimento do pintor.

Almeida Júnior cresceu em sua cidade natal, Itu, como um artista precoce. Seu primeiro incentivo foi o Padre Miguel Correa Pacheco, quando o pintor ainda estava trabalhando como carregador na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Candelária, para o qual ele produziu alguns temas sagrados. A recolha de fundos organizado pelo padre desde que as condições para que o jovem artista, então com 19 anos, poderia embarcar para o Rio de Janeiro a fim de completar seus estudos.

Em 1869, Almeida Júnior foi matriculado na Academia Imperial de Belas Artes. Ele foi aluno de Jules Le Chevrel, Victor Meirelles e, possivelmente, Pedro Américo. Várias crônicas relatam que o seu simplório maneira e matuto linguagem causou espanto aos membros da Academia.

Após a conclusão do curso, Almeida Júnior optou por não concorrer ao prêmio para viajar para a Europa. Ele voltou para Itu e abriu um estúdio na cidade, começando a trabalhar como retratista e professor de desenho.

Em 1876, durante uma viagem para o interior de São Paulo, o Imperador D. Pedro II, impressionado com seu trabalho, pessoalmente oferecido Almeida Júnior o custo de uma viagem à Europa para melhorar seus estudos. No ano seguinte, um decreto de 23 de Março do Stewardship da Casa Imperial abriu um crédito de 300 francos por mês para o pintor para estudar em Roma ou Paris.

Em 4 de novembro de 1876, Almeida Júnior embarcou no navio do Panamá para a França, estabelecendo residência no bairro parisiense de Montmartre. No mês seguinte, ele se matriculou na École National Supérieure des Beaux-Arts. Nesta instituição, ele foi aluno de Alexandre Cabanel e Lequien Fils, tornando-se muito famoso no desenho anatômico e ornamentação.

Almeida Júnior participou de quatro edições do Salon de Paris, entre 1879 e 1882. A partir deste período algumas das suas maiores obras-primas da data, como O Tipper brasileira e Remorso de Judas (Salon de 1880), A Fuga para o Egito de 1881) e A resto do Modelo (Salon de 1882). Outras obras emblemáticas do período francês do pintor são Paris Ambiente e Louvre Meio envolvente, bem como, possivelmente, um conjunto de dezesseis telas retratando o bairro Montmartre, cuja localização é desconhecida.

Almeida Júnior permaneceu em Paris até 1882. Naquele ano, ele fez uma breve viagem para a Itália, onde ele teve contato com os irmãos Rodolfo e Henrique Bernardelli.

De volta ao Brasil em 1882, Almeida Júnior realiza a sua primeira exposição individual na Academia Imperial de Belas Artes, exibindo sua produção parisiense. No ano seguinte, ele abriu o seu atelier na Rua da Glória, em São Paulo, através do qual ele irá contribuir para a formação de novas gerações de pintores, entre eles, Pedro Alexandrino. Em São Paulo, Almeida Júnior promoveu press releases exclusivos e potenciais compradores. Ele retratou retratos de barões do café, professores da Escola de Direito de São Paulo, e simpatizantes do movimento republicano, bem como paisagens e pinturas de gênero. Seu desempenho como um artista realizado em São Paulo contribui decisivamente para o amadurecimento artístico da cidade de São Paulo.

Em 1884, novamente ele exibiu suas pinturas do período Paris na Exposição Geral 26 de Belas Artes da Academia Imperial de Belas Artes, que foi o último e certamente a mais importante exposição realizada no período imperial.

Em 1884, o pintor recebe o título de Cavaleiro da Ordem da Rosa, concedida pelo governo imperial. No ano seguinte, ele se recusa a convite de Victor Meirelles para ocupar o seu lugar de professor de pintura histórica da Academia, permanecendo em São Paulo. Entre 1887 e 1896, ele fez outras três viagens à Europa, o último dos quais foi acompanhada por seu discípulo, Pedro Alexandrino, em seguida, premiado com uma bolsa de estudos do governo de São Paulo.

Em seu último período, Almeida Júnior irá substituir progressivamente os temas bíblicos e históricos com as obras de temas regionalistas, precisamente aqueles que no futuro conquistar sua posição como um precursor do Realismo na história da arte brasileira. Em pinturas como Caipira Picando Fumo (1893), Amolação Interrompida (1894) e O Violeiro (1899), o artista revela seu desejo de chegar mais perto da vida diária do homem do interior, distanciando-se das fórmulas generalistas de acadêmico pintura, mais e mais da abordagem pictórica naturalista. Apesar da sua nova orientação estilística, seu prestígio permanece incontestada na Academia, que expõe obras de sua fase regionalista (Leitura e piquenique em Rio das Pedras, 1892) e subsídios a ele a medalha de ouro para o desfile da Monção (1894) , exposto no Salão de 1898.

Almeida Júnior morreu cedo, aos 49 anos, em 13 de novembro de 1899. Ele foi esfaqueado em frente ao Hotel Central de Piracicaba (hoje demolido), por José de Almeida Sampaio, seu primo e marido de Maria Laura do Amaral Gurgel, com quem o pintor mantinha um relacionamento secreto por vários anos.

Almeida Júnior é considerado um “pintor do nacional” importante por uma parte considerável da crítica brasileira, por retratar em muitas de suas obras no país paipista. Também a forma como ele trata seus súditos, distanciando-se das alegorias românticos ou o upholence nacionalista histórica dos pintores da Academia, aproximando-se o ser humano comum, leva alguns críticos para desenhar uma semelhança de seu trabalho com o do pintor francês Gustave Courbet, um artista cujo trabalho Almeida Júnior teria visto em suas viagens para a Europa. É também de salientar que, ao mesmo tempo que Almeida Júnior estava na França, o movimento impressionista estava em plena atividade, no entanto, não causou nenhum entusiasmo no pintor brasileiro, que não adotou qualquer elemento do mesmo.

O paleening da paleta e da adoção da luz brasileiro não fez, no entanto, abandonar o rigor acadêmico com desenho e anatomia.

Algumas pinturas de Almeida Júnior são: Caipira cortar o fumo, a partida das monções, Caipiras negaceando, o resto do modelo; Reading, Pintura (alegoria) e A Fuga para o Egito.

O tema do restante do modelo foi pintado quatro vezes em diferentes tamanhos. fumaça pungente Countryman, dois. A monção foi pintado duas vezes, a primeira como um estudo, presente na Pinacoteca do Estado de São Paulo, e outra, a versão definitiva, presente no Museu Paulista para o compromisso do diretor Afonso de Taunay, que entendeu que era essencial ter esse trabalho na Instituição para mostrar a saída dos bandeirantes que se estendem a fronteira do Brasil para além dos limites das Tordesilhas.