Residência Imperial e Terraços Orientais, Museu do Alcázar, Castelo de Chapultepec

O Imperador Maximiliano I confiou a Carl Gangolf Kayser (“Arquiteto da Casa Imperial”; encarregado das modificações do Palácio Imperial em frente à Praça Principal da capital), o estudo e o projeto das reformas que melhor adaptariam o fortaleza de Chapultepec para transformá-lo em uma herança digna que era conhecida como “Schönbrunn do México”.

O botânico Wilhelm Knechtel foi responsável pela criação do jardim localizado no telhado do edifício. Além disso, o imperador trouxe da Europa várias peças de mobiliário, arte e muitos outros itens finos que ainda são exibidos até hoje. Como o palácio foi aposentado da Cidade do México, o imperador Maximilian ordenou a construção de uma avenida que ligava diretamente a residência imperial ao centro da cidade e decidiu nomeá-la Imperatriz Stroll (em homenagem a sua esposa), atualmente chamada Paseo de la Reforma.

O Alcázar adquiriu sua aparência atual quando o arquiduque austríaco Maximiliano de Habsburgo e sua esposa, a princesa belga Carlota Amalia, residiram no castelo entre 1864 e 1867, durante a Segunda Intervenção Francesa. O edifício foi convertido em palácio pelo arquiteto mexicano Ramón Rodríguez Arangoity, ex-aluno do Colégio Militar, e os jardins foram redesenhados pelo botânico austríaco Wilhelm Knechtel, embora, segundo Carlota, “isso se deva mais à mão de Max”.

Enquanto as obras progrediam, móveis, pianos, porcelana e porcelana de prata, óleos com retratos do casal imperial, tapeçarias, relógios de mesa, toalhas de mesa e copos chegaram para fazer do Alcázar um verdadeiro palácio.

Maximiliano e Carlota escolheram como quartos os quartos do térreo que davam para o leste, para a cidade do México, o lago de Texcoco e os vulcões Iztaccíhuatl e Popocatépetl; por isso eles pediram para construir um terraço panorâmico na frente de seus quartos.

Diaz pretendia que o edifício fosse uma vitrine para o progresso artístico e tecnológico do México, em parte porque era frequentado por personagens estrangeiros. Ele instalou, por exemplo, um grande vitral no terraço leste do andar superior do Alcázar, que foi preservado até o momento; elevadores, incluindo um que escalava pessoas da base da colina; e um boliche, um jogo de moda entre os ricos, em cuja sala a primeira exibição de cinema foi realizada no México em 1896.

Atualmente ainda é usado como museu. Suas 19 salas contêm uma vasta gama de peças que ultrapassam noventa mil, onde a história do México é exibida e ilustrada desde a conquista espanhola, com vários objetos, como armaduras medievais, espadas e canhões, entre muitos outros. Sua coleção de objetos foi organizada em 6 curatorias:

Pintura, escultura, desenho, gravura e impressão.
Numismática.
Documentos históricos e sinalizadores.
Tecnologia e armas.
Roupas e acessórios.
Móveis e utensílios domésticos.

Ele também fornece serviços como biblioteca, videoteca, fototeca e visitas guiadas.

Escada Interna
O conforto do lar: A abertura desta escada durante o período do governo do Presidente Manuel González (1880 a 1884) contribuiu notavelmente para transformar o Alcazar em uma residência confortável, com espaços acessíveis. As salas do presidente e sua esposa, localizadas no andar superior, comunicavam-se através dessa escada com as salas de recepção e de jantar localizadas abaixo. A escada dos leões era reservada para a recepção dos convidados, enquanto os degraus da esbelta torre sudeste e atrás da sala de jantar eram usados ​​para a circulação da servidão. A circulação entre os dois andares e a cave foi complementada por um elevador elétrico, para uso exclusivo do presidente e de sua família.

Salão dos Gobelins
Nostalgia pela Europa: evocando as tradições familiares, as nobres casas da Europa demonstraram seus ancestrais e enriqueceram seus aposentos com obras de arte e peças de bom design. Nesta sala, os retratos de Maximiliano e Carlota, feitos por Albert Graefle em 1865, são acompanhados pelos dos monarcas franceses Napoleão III e sua esposa Eugenia de Montijo, que eram seus tutores.

O próprio Napoleão III presenteou Maximiliano com a sala de madeira de avelã estilo Luís XV, na qual as tapeçarias de gobelin de Aubusson reproduzem cenas das fábulas escritas por Jean de La Fontaine. Os pianos, um francês e um inglês, pertenciam a Maximiliano e sua esposa.

Sala de chá
Carlota em Chapultepec: De acordo com a cerimônia do tribunal, Carlota desfrutou da companhia de várias damas escolhidas entre as famílias mais notáveis ​​do México. Durante sua estada em Chapultepec, fundou casas de caridade para as classes carentes, organizou recepções e morou com suas damas, mas não deixou de participar ativamente dos assuntos políticos do país. Quando Maximiliano viajou para dentro, ele deixou as rédeas do governo nas mãos de Carlota, que presidia os conselhos, deu uma audiência aos ministros, recebeu os embaixadores nos salões oficiais e emitiu ordens e instruções.

Quando os problemas de seu governo pioraram, ela decidiu ir aos tribunais europeus e ao Papa Pio IX em busca de ajuda, o que não obteve.

Quarto de Carlota
A recuperação do palácio: Entre as diferentes residências de Maximiliano estavam o Palácio Imperial (hoje Nacional), o de Chapultepec e a Quinta Borda, em Cuernavaca. Cada um deles foi decorado com tapeçarias, tapetes, pratos e ornamentos europeus cuja aquisição significou gastos excessivos para cofres pessoais e públicos. Quando Maximiliano deixou a Cidade do México, antecipando o fim de seu governo, no final de 1866, ordenou o desmantelamento de seus palácios. Uma longa história de perdas e reuniões começou então. O quarto francês Boulle mostrado aqui foi adquirido pelo Presidente Manuel González, que acreditava pertencer a Carlota. A cama de latão de Maximiliano e outros objetos faziam parte dos móveis abandonados no castelo após sua morte.

Armário de banheiro
Hábitos de saúde e limpeza: As intenções do governo Maximiliano de “colocar o México no avanço da civilização” o levaram a renovar os serviços públicos, entre os quais os dutos de água potável – que substituiriam a popular “água”, que carregava a água de as fontes públicas de todos os cantos da cidade – o ralo do vale do México, o paralelepípedo das ruas e sua iluminação com gás. Naquela época, banhos ou cochos eram usados ​​para tomar banho com a ajuda de aquecedores de água e cestas.

No Alcazar, onde a água vinha das nascentes da colina nas costas de uma mula ou em carroças, Maximiliano e Carlota tinham um gabinete para higiene e higiene pessoal.

Sala de estar
Maria Carlota Amelia, princesa da Bélgica, tinha dezessete anos quando se casou com Maximiliano. Vinda de uma família de reis (sua prima Victoria era soberana da Inglaterra), ela foi cuidadosamente educada nos princípios da religião, ciência, arte e política católicas.

Antes de viajar para o México, ele estudou cuidadosamente a história e as descrições do país que havia sido publicado na Europa, e sua curiosidade interminável sobre os costumes locais irritou as damas da empresa mexicana, educadas para a vida doméstica. Longe das preocupações domésticas, em seus momentos de aposentadoria, Carlota pensou em como governar o território e educar seus habitantes.

Museu Nacional de História, Castelo de Chapultepec
O Museu Nacional de História é o Castelo de Chapultepec que guarda a memória da história do México, desde a conquista de Tenochtitlan até a Revolução Mexicana. Seus quartos mostram uma diversidade de objetos representativos de quatro séculos da história do México. O museu está localizado no Castillo de Chapultepec, cuja construção começou em 1785 durante o governo do vice-rei da Nova Espanha, Bernardo de Gálvez. Embora tenha sido criada para repouso, com o tempo foi adaptada para diferentes usos: era uma escola militar, residência imperial com Maximilian e Carlota (1864-1867), residência presidencial e, desde 1939, sede do Museu Nacional de História.

O museu possui 12 salas de exposições permanentes que apresentam a trajetória histórica do país, da conquista à revolução mexicana; e 22 salas na área conhecida como Alcázar, onde são recriadas as salas de Maximiliano e Carlota e do presidente Porfirio Díaz, além de uma sala que lembra o ataque ao castelo de Chapultepec.

O Castelo de Chapultepec está localizado no topo da colina de Chapultepec, no parque de Chapultepec. O nome Chapultepec deriva da palavra nahuatl chapoltepēc, que significa “na colina do gafanhoto”. O castelo tem vistas e terraços incomparáveis ​​que o historiador James F. Elton escreveu que eles não podem “ser superados em beleza em nenhuma parte do mundo”. Está localizado no meio do Parque Chapultepec, na Cidade do México, a uma altura de 2.325 metros (7.628 pés) acima do nível do mar. O local da colina era um lugar sagrado para os astecas, e os edifícios no topo dela serviram a vários propósitos durante sua história, incluindo a da Academia Militar, residência imperial, casa presidencial, observatório e, atualmente, o Museu Nacional de História.

Foi construído na época do vice-reinado como casa de verão para o vice-rei. Ele recebeu vários usos, desde o depósito de pólvora até a academia militar em 1841. Tornou-se a residência oficial do imperador Maximiliano I e de sua consorte, a imperatriz Carlota durante o Segundo Império Mexicano (1864-1867). Em 1882, o Presidente Manuel González declarou-a residência oficial do Presidente. Com poucas exceções, todos os presidentes subsequentes viveram lá até 1939, quando o Presidente Lázaro Cárdenas o transformou em um museu.