Diálogos Contemporâneos, Museu Nacional de Belas Artes do Brasil

Em comemoração à data nacional da França, o Museu Nacional de Belas Artes abriu, juntamente com o Consulado Geral da França no Rio de Janeiro, a exposição Diálogos Contemporâneos. A mostra reúne cerca de 100 obras, incluindo pinturas, esculturas, desenhos e gravuras. O visitante poderá vislumbrar os frutos do rico e diversificado entrelaçamento cultural entre Brasil e França ao longo de décadas.

A mostra Diálogos Contemporâneos reúne cerca de 100 obras, incluindo pinturas, esculturas, desenhos e gravuras, com curadoria de Claudia Saldanha e da pesquisadora e diretora do MNBA, Monica Xexéo. A exposição é um trecho da coleção do Museu e as obras expostas vão da década de 1920 ao contemporâneo, refletindo alguns ângulos da influência francesa na experiência de artistas brasileiros modernos e contemporâneos.

Os módulos percorrem centros focados em artistas que, após receberem prêmios, conseguiram aprimorar seus trabalhos em instituições acadêmicas de prestígio na França e também, por outro lado, a aparência de artistas estrangeiros que, antes de chegar ao Brasil, sofreram influência francesa, fundamental para a transformação da estética aqui.

Na exposição, obras de nomes como Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti, Flavio Shiró, Antonio Bandeira, Gonçalo Ivo, Sérvulo Esmeraldo, Luiz Áquila, Jorge Águila, Jorge Mori e Lasar Segall, Maria Leontina.

O Museu Nacional de Belas Artes (MNBA) é um museu de arte localizado na cidade do Rio de Janeiro, Brasil. Concentra a maior coleção de obras de arte do século XIX, sendo um dos museus mais importantes do gênero no país.

Localizado no centro histórico do Rio de Janeiro, em um eclético edifício de arquitetura projetado em 1908 pelo arquiteto Adolfo Morales de los Rios para sediar a Escola Nacional de Belas Artes, herdeiro da Academia Imperial de Belas Artes, o Museu Nacional de Belas Artes / O Ibram / MinC foi construído durante as reformas urbanas realizadas pelo prefeito Pereira Passos, na então capital federal do país.

Criado oficialmente em 1937 pelo decreto do presidente Getúlio Vargas, ocupa uma área de 18.000 m2 e é o museu de arte mais importante do país. Reúne uma coleção de setenta mil itens entre pinturas, desenhos, gravuras, esculturas, objetos, documentos e livros, constituindo-se como um centro radiante de conhecimento e disseminação da arte brasileira.

A coleção do museu começou com o conjunto de obras de arte trazidas por Dom João VI, em 1808, e foi ampliada ao longo dos séculos XIX e XX com a incorporação da coleção da Escola Nacional e outras aquisições, e hoje possui cerca de 15.000 peças, incluindo pinturas, esculturas, desenhos e gravuras de artistas brasileiros e estrangeiros, além de uma coleção de arte decorativa, móveis, arte folclórica e um conjunto de peças de arte africana.

A coleção bicentenária do Museu Nacional de Belas Artes teve origem em três conjuntos distintos de obras: as pinturas trazidas por Joaquim Lebreton, chefe da Missão Artística Francesa, que chegou ao Rio de Janeiro em 1816; as obras pertencentes ou produzidas aqui por membros da Missão, entre eles Nicolas-Antoine Taunay, Jean-Batiste Debret, Grandjean de Montigny, Charles Pradier e os irmãos Ferrez; e as peças da coleção D. João VI, deixadas por ele no Brasil ao retornar a Portugal em 1821. Essas coleções foram enriquecidas por importantes doações e aquisições, como o busto de Antínoo, uma rara peça arqueológica de mármore doada pela imperatriz D. Teresa Cristina para a Academia Imperial de Belas Artes em 1880.