Coleções do Brasil: História, Cultura e Cidadania, Museu do Banco do Brasil em Brasília

Museu do Banco do Brasil em Brasília, a história do país através de uma coleção adquirida ao longo de sua história. Localizada no edifício Tancredo Neves, em Brasília, uma das obras mais imponentes do arquiteto Oscar Niemeyer, onde está localizado o CCBB. O projeto foi lançado com a exposição “Coleções do Brasil: história, cultura e cidadania”, que visa refletir sobre a história econômica, social e cultural do Brasil.

Fundado em 1808, o Banco do Brasil é uma das instituições mais importantes do país e, ao longo dos anos, adquiriu uma coleção diversificada. Grande parte está ligada ao exercício de atividades bancárias, como documentos de valor histórico, cédulas, moedas, equipamentos, objetos e móveis, além de peças de artes decorativas, pinturas, gravuras e esculturas de nomes importantes nas artes visuais .

O espaço de mais de 6 mil m² apresenta momentos históricos e as consequências dos fatos para os brasileiros, além de traduzir o desenvolvimento do banco como instituição para todos. Preservar e compartilhar a memória do Banco do Brasil, bem como todas as demais memórias que estão na fronteira da instituição, contribuindo para o entendimento da história do Brasil e de seu povo.

Ao criar o Museu, o Banco do Brasil coloca em prática outra iniciativa que contribui para a formação cultural do público visitante, como já é o caso dos CCBBs. Todo o acervo selecionado, juntamente com a narrativa de eventos que marcaram a história do Banco e do País, foram disponibilizados pela Instituição para visitação do público em geral, incluindo crianças atendidas pelo Programa Educacional desenvolvido nos Centros Culturais.

Coleções do Brasil: História, Cultura e Cidadania
A partir da identificação dos itens, foi proposta uma proposta de classificação das peças, seguindo critérios de relevância artística e histórica. A coleção será distribuída tematicamente, dividida em dois módulos: História; e Cultura e Cidadania. É um espaço que estará em construção permanente, assim como a sociedade brasileira.

O primeiro módulo, “Histórico”,
Concentra-se nos documentos e histórico do banco, trazendo vídeos com depoimentos de funcionários do estado, móveis de época, telefones antigos, uma linha do tempo e uma grande instalação feita com cartões de trabalho – com fotos de ex-funcionários

Desde as primeiras moedas produzidas no início do século XIX até o universo atual de transações on-line, o módulo Histórico traz uma coleção que contém uma coleção de peças relacionadas à atividade nas instalações do Banco: numismática, documentos, objetos, planos e desenhos arquitetônicos, livros raros e móveis. Há também uma instalação – Comunidades do BB – em homenagem a todos que fizeram e fazem o Banco do Brasil. Atualmente, a instituição possui 109 mil funcionários.

O segundo módulo, “Cultura e Cidadania”
Visa expor o acervo artístico da instituição. Pinturas, gravuras e esculturas feitas por brasileiros foram distribuídas em uma sala de design moderna e arrojada. Existem grandes nomes da arte nacional moderna, como Candido Portinari, Di Cavalcanti, Tomie Ohtake, Athos Bulcão, Djanira, Burle Marx e Fayga Ostrower.

O módulo Cultura e Cidadania explora como o Banco do Brasil faz parte da formação cultural da sociedade brasileira e apresenta sua coleção de arte nacional ao público. O investimento em cultura da instituição é antigo e marcado pela criação no Rio de Janeiro do Centro Cultural Banco do Brasil em 1989, seguido pelos espaços de mesmo nome em Brasília, São Paulo e Belo Horizonte. São, portanto, mais de 25 anos de incentivo ao desenvolvimento cultural do país, com exposições nacionais e internacionais, shows, debates, sessões de cinema e outras atividades. Uniformes e outras peças esportivas aludindo aos esportes e atletas já patrocinados pelo Banco do Brasil também serão expostos neste módulo.

O módulo é composto por 76 obras, principalmente pinturas e gravuras, além de esculturas. Obras de nomes como Di Cavalcanti, Carlos Scliar, Tomie Ohtake, Athos Bulcão, Burle Marx e Miguel dos Santos estão presentes neste espaço.

luzes
O Museu Banco do Brasil começa com a missão de promover a sólida história institucional do Banco, a mais antiga do país, e mostrar o papel que desempenhou na história cultural, social e econômica do Brasil.

Existem pinturas de artistas ligados ao modernismo no Brasil, como Alfredo Volpi e Di Cavalcanti. A partir de meados do século, a mostra conta com Carlos Scliar, Aldemir Martins, Djanira, Arcangelo Ianelli, Wega Nery e Darel Valença Lins.

Rubem Valentim é representado com um relevo de madeira que participou da 1ª Bienal Internacional de Arte Construtivista em Nuremberg, Alemanha, em 1969. A partir dos anos 1970, a exposição apresenta trabalhos geométricos abstratos de Abelardo Zaluar e Dionísio del Santo. Manabu Mabe, Tomie Ohtake, Kazuo Wakabayashi e Tikashi Fukushima representam o abstracionismo lírico. Há também obras de Athos Bulcão e Burle Marx, símbolos da arquitetura ligados ao projeto de modernização do país na segunda metade do século XX. Destaca-se também o núcleo de gravuras com nomes como Fayga Ostrower, Marcelo Grassmann, Maria Bonomi, Edith Behring, Renina Katz, Anna Letycia, Marília Rodrigues e Francisco Brennand.

O Cais (1987)
por Carybé
Serve para perceber o potencial das coleções, ajudando a promover um senso de propriedade coletiva.

Sem título (1973)
de Emiliano Di Cavalcanti
No caso da política de coleta de artes visuais, a instituição tem potencial para avançar em várias direções.

Sem título (1963)
de Emiliano Di Cavalcanti
Seu objetivo é reconhecer a natureza pública do patrimônio histórico, cultural e artístico pertencente ao Banco e compartilhá-lo com o resto da sociedade.

Mulher com Gato (1973)
de Emiliano Di Cavalcanti
Existem obras de artistas modernistas brasileiros da primeira metade do século XX, como Alfredo Volpi, Bruno Giorgi, Candido Portinari, Di Cavalcanti, Guignard e outros.

Sem título (1998)
por Siron Franco
Além de apresentar uma seleção de obras em sua primeira exposição de longa duração, o museu também pode desenvolver atividades educacionais e mediação para diversos públicos, dando vida à coleção.

Paisagem XXII (1977)
por Carlos Scliar
Os artistas mais bem representados na coleção são os de meados do século XX, incluindo Carlos Scliar, Aldemir Martins, Djanira e outros.

Espaço de leitura
Além dos dois módulos, o museu possui um espaço de leitura, no qual os catálogos de exposições temporárias do CCBB serão disponibilizados; uma área dedicada ao esporte, na qual são exibidas camisetas assinadas por atletas femininas e masculinas de vôlei, além de um macacão do motorista brasileiro Felipe Nasr, e um espaço educacional destinado às atividades infantis.

O catálogo do patrimônio histórico e artístico do banco. Ao todo, 1.100 obras de arte feitas por 727 artistas, 35.000 itens históricos (moedas, notas e objetos relacionados a atividades bancárias), 16.000 títulos de livros, 20.000 fotografias e 5.000 documentos de valor histórico (atas de reunião, recortes de jornais, planos arquitetônicos, etc.)

Centro Cultural Banco do Brasil em Brasília
O Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) é uma rede de espaços culturais administrados e mantidos pelo Banco do Brasil, com o objetivo de disseminar a cultura entre a população. Atualmente, está instalado em quatro capitais brasileiras: Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Brasília.

A unidade da capital federal foi inaugurada em 12 de outubro de 2000, funcionando no SCES (Setor South Sports Clubs), o Edifício Tancredo Neves, projetado por Oscar Niemeyer para abrigar a educação do BB.

O Centro Cultural Banco do Brasil Brasília está localizado no Edifício Tancredo Neves, projeto de Oscar Niemeyer. A partir do final de 1990, parte do edifício foi remodelada para sediar o CCBB Brasília, com o objetivo de inserir a capital do país no circuito internacional de grandes eventos e produções culturais. Com um projeto paisagístico desenhado por Alba Rabelo Cunha, o harmonioso complexo arquitetônico de dois andares repousa sobre alambiques e é dividido em módulos; o CCBB ocupa parte do edifício principal.

Inaugurado em 12 de outubro de 2000, o CCBB Brasília é o terceiro museu / centro cultural mais visitado do Brasil e o 59º do mundo, segundo ranking da publicação inglesa The Art Newspaper (abril / 2017). O edifício possui uma área construída de aproximadamente 20.551 m2. O CCBB ocupa 7.000 m2 desse total, além da área externa de 23.940 m2 (jardins e estacionamento), com diferentes espaços para diversas atrações culturais, como música, teatro, cinema e exposições.