Arte, adorno, design e tecnologia na época da escravidão, Museu Afro Brasil

A exposição “Arte, Adorno, Design e Tecnologia no Tempo da Escravidão”, celebra o Dia da Consciência Negra naquele ano, reúne mais de 70 objetos de artesanato urbano e rural, compondo um conjunto que destaca as contribuições dos negros para a ciência e tecnologia no Brasil. O visitante pode conferir usinas de açúcar, prensas de folhas de tabaco, mesas de polimento, moinhos de milho, forja de ferreiro, aviões de marcenaria, entre outros objetos que remetem aos séculos 18 e 19.

No período de escravidão no Brasil, os africanos escravizados e seus descendentes foram os principais responsáveis ​​pela realização de obras que estão na base da sociedade brasileira como é hoje. A agricultura, a pecuária e a mineração desde o início foram fortemente marcadas pela mão africana e mais tarde pela mão afro-brasileira.

Como esses trabalhos foram realizados? Você já considerou as tecnologias usadas para plantar, colher, processar cana de açúcar e café, por exemplo? E a extração e tratamento de ouro e pedras preciosas? E as roupas complicadas usadas por homens e mulheres nos tempos do Império: como as roupas cheias de pregas e babados eram lavadas, secas e passadas a ferro? Além da mão humana, imagine o número de ferramentas e instrumentos necessários neste período da história.

“Por um longo tempo, foi interessante para aqueles que escreveram a História do Brasil reforçar um passado sofredor e ‘reencenado’, a fim de cristalizar imagens de uma suposta subalternidade. Portanto, esta exposição reescreveu a História da Tecnologia no Brasil, ao resgatar a Nação sendo construída pelas mãos dos africanos e, assim, trazer uma imagem positiva do negro, fundamental para que possamos orgulhosamente assumir a presença em nossa identidade “, afirma o diretor curatorial Emanoel Araujo.

Localizada no espaço central do museu, a exposição serviu de pano de fundo para a novela Sangue Bom e o programa jornalístico Antena Paulista, além de outras atrações da televisão.

Para saber mais sobre um lado pouco conhecido da história brasileira, a partir da exposição Arte, adorno, design e tecnologia em tempos de escravidão. Neste material, sugerimos uma rota, mas você pode criar seus próprios itinerários.

Exibição
Durante o período de escravidão no Brasil, os africanos escravizados e seus descendentes foram os principais responsáveis ​​pela realização de obras que estão na base da sociedade brasileira como é hoje. A agricultura, a pecuária e a mineração desde o início foram fortemente marcadas pela mão africana e mais tarde pela mão afro-brasileira. O Museu Afro Brasil convida você a conhecer um pouco de uma de nossas exposições permanentes mais interessantes. Veja alguns itens de nossa coleção que mostram o grande repertório de tecnologia trazido pelos povos africanos desde o início da colonização brasileira.

luzes

Moinho de milho (1800)
A primeira maneira eficaz de explorar a terra e o povo aqui foi o comércio de madeira extraída pelos índios e trocada com os portugueses pelos mais variados objetos e utensílios. Abundante e com grandes qualidades, a madeira logo se tornou a principal matéria-prima para ferramentas e equipamentos fabricados no Brasil, em ambiente rural ou urbano.

O uso de escravos nas funções de marcenaria e carpintaria era um fator comum na colônia. Os empreiteiros e proprietários de escravos incentivaram seu aprendizado na esperança de lucrar com seus aluguéis. Assim, muitos negros se tornaram carpinteiros e carpinteiros oficiais na colônia.

Manteiga (1800)
Você já considerou as tecnologias usadas para plantar, colher, processar cana de açúcar e café, por exemplo? E a extração e tratamento de ouro e pedras preciosas? E as roupas complicadas usadas por homens e mulheres nos tempos do Império: como as roupas cheias de pregas e babados eram lavadas, secas e passadas a ferro? Além da mão humana, imagine o número de ferramentas e instrumentos necessários neste período da história.

Escapulário de Nossa Senhora do Monte Carmelo (1800)
Jóias Crioula: comunicação visual afro-brasileira

O uso de ornamentos é uma das maneiras imediatas de expressar valores culturais em uma linguagem simbólica e facilmente comunicável dentro do grupo de usuários. As jóias crioulas são belos exemplos de originalidade e tecnologia africana e afro-brasileira. O fato de a tradição indígena não utilizar metalurgia e fundição de metais determinou o modelo de construção de suas jóias. a chamada cultura “crioula” (desenvolvida no Brasil, mas com ancestrais de diferentes etnias africanas) havia originalmente apoiado a produção e a tecnologia da metalurgia no país, gerando um forte impacto no design das joias brasileiras.

Museu Afro Brasil
O Museu Afro Brasil é uma instituição pública, mantida pela Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo e administrada pela Associação Museu Afro Brasil – Organização Social de Cultura.

O objetivo é ser um museu contemporâneo, onde os negros possam ser reconhecidos.

Mais de 6.000 obras destacam a importância do povo africano na formação da cultura, herança e identidade brasileiras, hoje conhecidas. Além disso, oferece uma celebração da arte e realizações dos africanos e afro-brasileiros.

A coleção é considerada a maior afro-americana da América, com mais de 6.000 obras-primas, esculturas, documentos, gravuras, cerâmicas, pinturas, artes contemporâneas, joias, objetos, relevos, fotografias e têxteis.

Mais de 70% da coleção está em exposição de longo prazo, retratando principalmente o Brasil, alguns países do continente africano, Cuba, Haiti e Estados Unidos.