Museu Histórico do Exército e Forte de Copacabana, Rio de Janeiro, Brasil

O Museu de História do Exército e o Forte de Copacabana atuam na preservação, salvaguarda e disseminação da memória histórica do Exército Brasileiro. Localizada no Forte de Copacabana, construção do final do século XIX que serviu ao sistema defensivo da cidade do Rio de Janeiro e de seu porto, cenário de eventos que agora fazem parte da História do Brasil, como o Movimento dos Inquilinos de 1922, quando serviu de prisão para o presidente deposto da República, Washington Luís, durante a Revolução de 1930, como ponto de encontro do comando envolvido na Revolução de 1964.

Na famosa praia de Copacabana, o Museu Histórico do Exercício e Forte de Copacabana é uma base militar que abriga o Museu de História do Exército. O forte maciço foi construído em 1914, na véspera da Primeira Guerra Mundial, e constituiu uma parte importante das defesas militares do Rio contra um possível ataque. Muitas das características originais do forte ainda estão intactas, incluindo os canhões Krupp projetados para disparar projéteis a 23 km (14 milhas) para o mar. Explore os vários andares de exposições do museu no local, narrando a história militar do Brasil começando nos primeiros dias da colônia portuguesa.

Visão geral
O Museu Histórico do Exército é um dos principais museus militares do país. Sua origem remonta ao século XIX. Desde então, passou por alguns endereços da cidade, sendo extinto e recriado até 1987, ano em que se estabeleceu em um local famoso e histórico, o Forte de Copacabana, conforme determina o Decreto nº 61, de 19 de dezembro 1986.

A missão do Museu Histórico do Exército e Forte de Copacabana é preservar, salvaguardar e disseminar os valores, tradições e memória histórica do Exército Brasileiro e atuar como um Espaço Cultural, que proporciona cultura, entretenimento e conhecimento aos visitantes. Assim, fatos importantes de nossa história militar terrestre são contados nos salões Império de Colônia, República e Exposições Temporárias.

A equipe técnica do Museu trabalhou incansavelmente por quase uma década para reunir, catalogar e restaurar as coleções existentes. A primeira exposição ocorreu em 1992, com a abertura da Fortificação ao público. Em setembro de 1996, o então ministro do Exército, general Zenildo de Lucena, abriu o salão Colônia-Império, que, no período de 1500 a 1889, retrata cenas desde a chegada dos portugueses no Brasil até a queda da Monarquia e do Império Romano. Proclamação da República.

Em 11 de maio de 1998, foi inaugurado o salão República, que mostra o desempenho do Exército Brasileiro até 1945 com os módulos: Floriano Peixoto, Consolidação da República, Canudos e Guerras do Contestado, Modernização do Exército, Marechal Rondon, Tenentismo e FEB Participação na Segunda Guerra Mundial.

Com uma coleção variada de quinze mil peças em sua Reserva Técnica, o Museu possui roupas, armas e raros objetos pessoais de figuras militares históricas, como uma mecha de cabelo de Napoleão Bonaparte, que são esporadicamente expostas em exposições temporárias.

Por possuir uma coleção valiosa, está localizado em um local histórico e faz parte do cenário de Copacabana, o Museu Histórico do Exército e o Forte de Copacabana podem hoje ser considerados inigualáveis ​​no mundo. E, no entanto, constituiu-se como um dos principais pontos turísticos da cidade, recebendo cerca de 35 mil pessoas por mês.

Exibição
As exposições permanentes contam a história do Brasil narrada a partir da história militar.

Colônia / Empire Hall
Inaugurada em 1996, com o tema “O Exército na Formação da Nacionalidade”, a exposição apresenta a história do Brasil sob a perspectiva da história militar, retratando os principais fatos ligados à fase colonial: a descoberta do Brasil, a colonização do território pelo sistema de capitanias hereditárias, expansão territorial através de entradas e bandeiras e invasões territoriais.

Entre os episódios abordados, destaca-se a Batalha dos Guararapes, realizada em 19 de abril de 1648, que marca o nascimento do Exército Brasileiro.

A vitrine da chegada do Tribunal Português ao Brasil retrata as mudanças resultantes dessa fase. A seguir, estão as janelas da Proclamação da Independência e a participação do Exército na Guerra da Tríplice Aliança.

Nesse salão, há também o espaço destinado a exaltar o Patrono do Exército, Marechal Luiz Alves de Lima e Silva, Duque de Caxias. Em exibição estão o chapéu bicorniano, uma réplica da coroa ducal e, também, a confortável caixa de papel com o brasão de armas de Duque de Caxias, coleção original de 1851.

Por fim, a vitrine com a coleção original do marechal Deodoro da Fonseca, proclamador da República.

Quarto Republic
A Sala República mostra o desempenho do Exército Brasileiro no período republicano. Traz a primeira Assembléia Constituinte, a Revolta da Armada, a Guerra de Canudos, a modernização do Exército Brasileiro e a contribuição do Marechal Rondon para a integração do território brasileiro.

As coleções originais do marechal Rondon estão em exibição, como mapas e a câmera usada para gravar o contato com nações indígenas. Durante a visitação, são projetadas imagens do contato feito com os índios da Amazônia.

Há uma vitrine que retrata o Levante dos 18 do Forte, quando militares do Forte de Copacabana marcharam contra tropas leais. O tenente Eduardo Gomes, o tenente Nilton Prado, o tenente Siqueira Campos, sargentos, cabo, soldados e o civil Octávio Corrêa participaram do Movimento de 1922.

A vitrine que encerra a visitação mostra a participação da Força Expedicionária Brasileira na Segunda Guerra Mundial. Imagens do desempenho da FEB nos campos de batalha da Itália são projetadas.

Presidentes Militares
A Sala dos Presidentes é o local onde é exibida a coleção que oferece ao público uma compreensão da República, com objetos que registram e informam sobre eventos que fazem parte da nossa história. Esse espaço permite ao visitante ter acesso às coleções do museu sobre os presidentes do Brasil.

Escritórios de Curiosidades
O Gabinete de Curiosidades disponibiliza a coleção que não está na exposição permanente. São peças altamente heterogêneas, das mais variadas naturezas e origens, incluindo porcelanas, medalhas e decorações, curiosidades, miniaturas, entre outros objetos raros.

Fortificação
A construção da Fortificação, na forma de uma casamata, foi um desafio para a engenharia militar. As paredes externas de frente para o mar, com 12 metros de espessura, abrigam os canhões alemães Krupp, sentados em cúpulas blindadas e rotativas.

A Fortificação possui dois canhões de 305 mm, que podem atingir alvos a 23 km, dois canhões de 190 mm e duas torres de 75 mm.

O espaço possui uma usina a diesel, que na época fornecia eletricidade ao bairro de Copacabana e servia para iluminação, ventilação e operação de peças de artilharia.

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O projeto Fortificação é único na América do Sul, pois possui câmaras de incêndio, cozinha, sala de estar, revista de munição, acomodações para oficiais e soldados, oratório, oficina, telégrafo, observatório, armazém, cisterna de água, banheiros e enfermaria. dentro da poderosa casamata, era possível permanecer por um longo período de combate sem a necessidade de assistência externa.

Forte de Copacabana
O Forte de Copacabana está localizado na ponta de Copacabana, no final da praia e bairro com o mesmo nome, na cidade do Rio de Janeiro, no Brasil.

Oficialmente chamado de Museu Histórico do Exército / Forte de Copacabana (MHEx / FC), atualmente possui um fluxo de cerca de dez mil visitantes por mês, tornando-o um dos cartões postais mais bonitos da cidade. O turista pode escolher entre a visita restrita (apenas para as áreas externas) e a visita completa (incluindo o interior do forte e o Museu Histórico-Militar).

Recursos
Ocupando uma área de 114.169 metros quadrados com 40.000 metros quadrados de área útil, o edifício, bunker em forma de cúpula com paredes externas de 12 m de espessura, empregava 2.239 trabalhadores civis e possui usina com dois conjuntos geradores do diesel fabricado pela empresa AEG, de Berlim (iluminação, operação de peças, ventilação), câmaras de tiro, depósitos de alimentos e munições, lanchonete, cozinha, alojamento e vestiário / farmácia. Sua artilharia consiste em quatro cúpulas blindadas móveis, com canhões Krupp:

um com dois canhões de 305 mm (cúpula “Duque de Caxias”, tubos “Barroso” e “Osório”, com alcance máximo de 23 km);
um com dois canhões de 190 mm (cúpula “André Vidal”, com alcance máximo de 18 km)

ambos girando 360 ° e
dois com canhão de 75 mm cada (Torre “Antônio João” em N e Torre “Ricardo Franco” em S, com alcance máximo de 7 km), girando 180 °, mais
uma bateria de projetores de holofotes para visão noturna.

História
O projeto de construção de uma fortificação na ponta da Igrejinha (Igreja de Nossa Senhora de Copacabana), no final da então praia de Sacopenapã, remonta à época da transferência da capital do Brasil, de Salvador para o Rio de Janeiro ( 1763). Sob o governo do vice-rei D. Luís de Almeida Portugal (1769-1779), foram iniciadas obras para esse fim em 1776, à beira de uma invasão espanhola que se materializou no ano seguinte (1777) contra a colônia de Sacramento e a ilha de Santa Catarina, no sul do Brasil. Talvez por esse motivo, as obras deste pequeno forte nunca tenham sido concluídas.

No momento da transferência da corte portuguesa para o Brasil (1808-1821), D. João VI determinou para o local que o projeto de um novo forte, iniciado em data desconhecida, só foi artilhado em 1823, na junção de a Guerra da Independência do Brasil, quando havia medo de um ataque da Armada Portuguesa à capital da nação recém-emancipada. Mais tarde, na época do período da regência brasileira, juntamente com as outras fortificações do país, foi desarmado em 1834.

Na época do Segundo Reinado, no contexto da Questão Christie, está relacionada entre as defesas do setor Sul (Fortificações de Copacabana) no Mapa de Fortificações e Fortins do Município Neutro e Província do Rio de Janeiro de 1863 , no Arquivo Nacional (CASADEI, 1994/1995: 70-71).

No período republicano, na época da Revolta da Armada, a antiga posição foi restabelecida em 1893, embora fosse evidente sua incapacidade de impedir a partida dos navios de guerra da Armada do bar da Baía de Guanabara. Alguns anos depois, uma disputa diplomática com a República Argentina, devido à demarcação de fronteiras – a Questão das Palmeiras -, levou o Estado Maior do Exército a encomendar o projeto de uma nova fortificação para o local. O engenheiro major Augusto Tasso Fragoso estava no comando, que esboçou uma fortificação moderna, equipada com seis canhões de longo alcance. Tendo terminado a questão por arbitragem na época (1895), o novo projeto de fortificação foi arquivado.

Em 1902, sete peças de sua antiga artilharia (Museu Histórico Forte de Copacabana) foram abandonadas no local, quase enterradas pela areia.

A fortificação definitiva do local só se materializou quando o marechal Hermes da Fonseca (1855-1923) ocupou a pasta do ministro da Guerra do presidente Afonso Pena (1906-1909) (BARRETTO, 1958: 244).

A construção do forte
Em vista da evolução da guerra naval do século XIX para o século XX, tornou-se imperativo, no Brasil, a colocação de canhões de longo alcance que impediriam a aproximação de foles que poderiam ameaçar a então capital do país. O ponto escolhido foi a ponta da Igrejinha, no final da praia de Copacabana.

Para esse fim, um projeto foi apresentado pelo então major Tasso Fragoso, que originalmente planejava instalar obuses. No entanto, o fornecedor de equipamentos, Krupp, convenceu o então presidente da República Brasileira, marechal Hermes da Fonseca, que seria mais apropriado instalar canhões com armas rápidas e de longo alcance, o que foi aceito.

Em 16 de dezembro de 1907, então – o major Luis Eugenio Franco Filho, Diretor de Engenharia associado, foi nomeado para dirigir a construção do forte, de acordo com o projeto adaptado, com o capitão auxiliar Cornelius Otto Kuhn, 1º tenente Wolmer Augusto da Silveira e o 2º Tenente Julião Freire Esteves. O major Wolff, de Krupp, também contribuiu decisivamente para a adaptação do novo projeto.

Após a nomeação da Comissão, o orçamento foi preparado pelo capitão Otto Kuhn, que apresentou dois números totais: um, considerando a isenção de direitos aduaneiros para materiais importados do exterior no valor de 2.516: 721 $ 568 réis, e o outro, desconsiderando isenção, no valor de 2.946: 951 $ 408 ris.

A Comissão iniciou o trabalho demarcando uma linha no terreno para servir de orientação e traçando os eixos para referência das coordenadas dos pontos principais do trabalho, demarcando o perímetro da fortificação e marcando os locais das cúpulas e torres . Ele então escolheu o local para lançar a pedra angular. Este foi submetido à aprovação do Brigadeiro-General Modestino Augusto de Assis Martins, então Diretor de Engenharia, que ratificou a travessia da galeria central com o corredor existente entre as futuras cúpulas de 90 e 305 mm.

As obras da fortaleza na Ponta da Igrejinha em Copacabana começaram em 5 de janeiro de 1908, sob a direção do major Arnaldo Pais de Andrade, na presença do então presidente Afonso Pena e do ministro da Guerra, marechal Hermes da Fonseca . As peças foram desmontadas da Alemanha, em cinco mil caixas, transportadas por navios e desembarcadas em um píer especialmente construído para esse fim no local, onde seus restos mortais ainda podem ser vistos hoje.

A obra foi inaugurada como Forte de Copacabana em 28 de setembro de 1914, a um custo de 2.946: 951 $ 408 réis (GARRIDO, 1940: 124), pelo então presidente, marechal Hermes da Fonseca. Classificado na 1ª classe pelo Edital nº 1761, de 29 de setembro de 1914, foi considerada na época a mais moderna praça de guerra da América do Sul e um marco para a engenharia militar de sua época. Seu primeiro comandante, nomeado em 1912, ainda em construção, foi o major Antônio Carlos Brasil.

Após a inauguração do forte, em 1919, a terra adjacente foi adquirida de Mitra, e a pequena igreja que remonta à primeira metade do século 18 foi demolida, para dar lugar ao Quartel da Paz, concluído em outubro de 1920 (BARRETTO, 1958: 245-246). O pórtico de entrada da Praça Coronel Eugênio Franco, bem como a entrada da Praça de Armas, foram projetados por Wolmer da Silveira, construído de 1918 a 1920. O Pórtico originalmente possuía acomodações para guarda, banheiros e uma pequena reserva de munição e munição. armamento. Na fachada, centrado está sua designação na época: “Forte de Copacabana”; do lado oposto (dentro da fortaleza), a inscrição latina “SI VIS PACEM PARA BELLUM” (“Se você quer paz, prepare-se para a guerra”) (Flávio Vegécio, Epitoma Rei Militaris, 390). Os velhos portões de ferro não existem mais hoje.

Parque de artilharia
O museu tem várias exposições com foco em diferentes períodos e eventos da história do exército no Brasil. A participação da Força Expedicionária Brasileira na campanha italiana na Segunda Guerra Mundial recebe apenas tratamento limitado, e o envolvimento do Brasil na Primeira Guerra Mundial não recebe tratamento.

Fora do museu, existem várias peças de artilharia do final do século XIX e início do século XX. Por exemplo, uma peça de campo é uma pistola de tiro rápido de 5 canos, cada cano sendo de 37 mm (1 1/2 polegada). O Brasil comprou este canhão giratório Hotchkiss em 1876. Outra peça de campo é uma pistola britânica Vickers-Armstrong Mark XIX de 152 cm, fabricada em 1918. O Brasil comprou essa peça em 1940 para uso em defesa costeira. Existem também três canhões de montanha Schneider M1919 de 75 mm (3 pol.).

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