Galeria de Arte Brasileira do Século XIX, Museu Nacional de Belas Artes do Brasil

Provavelmente a maior galeria de arte do país, concentra-se em um espaço não menos que os autores e obras mais importantes produzidos no século XIX no Brasil. Como se isso não bastasse, é a mais antiga galeria permanente de arte do Rio de Janeiro, porque, no início do século XX, abrigava uma seleção da pinacoteca da Escola Nacional de Belas Artes / Ibram / Minc.

Dentro da imensa Galeria de Arte Brasileira, com 2 mil metros quadrados e 8 metros de altura, estão em exibição 230 obras, ou seja, 100 a mais que a versão anterior. A coleção inclui pinturas, esculturas, arte em papel e móveis, todos restaurados para a exposição.

Entre os destaques da Galeria de Arte Brasileira do século XIX, estão ícones das artes visuais, como a Batalha do Avaí, de Pedro Américo (medindo 66m², data: 1872/1877); “Batalha dos Guararapes” (50m², data: 1879) e “Primeira Missa no Brasil” (1860), ambas de Vitor Meireles. Além dessas obras monumentais, a exposição também exibirá “Más Notícias”, de Rodolfo Amoedo (1895); “Descanso Modelo”, de Almeida Junior (1882), “Gioventu”, de Eliseu Visconti (1898), além de esculturas como “Cristo e a mulher adúltera”, de Rodolfo Bernadelli (1888), “Rio Paraíba do Sul” ”, De Almeida Reis (1886) e“ Alegoria do Império Brasileiro ”, de Chaves Pinheiro (1872). Além disso, trabalhos assinados por Belmiro de Almeida, Debret, Agostinho da Mota, Taunay, Araújo Porto Alegre, Zeferino da Costa, Castagneto, Antonio Parreira, Henrique Bernardelli,

Pintura Brasileira
Composta por mais de 3.000 obras, a coleção de pintura brasileira do MNBA expressou grande parte da produção pictórica nacional, começando na segunda metade do século XVII para a contemporânea.

Como herdeira direta da Academia Imperial (1826 – 1889) e sua sucessora, a Escola Nacional de Belas Artes (1889 – 1965), a coleção tem maior destaque no segmento produzido durante o século XIX, quando o ensino oficial da arte , baseado em modelos franceses. Devido ao conjunto abrangente e à relevância de seus artistas, a Coleção Brasileira de Pintura do MNBA é uma das coleções mais importantes da arte brasileira do século XIX, referência para pesquisadores no Brasil e no exterior. A maioria dos artistas mais expressivos dos séculos XIX e XX, como Vítor Meireles, Pedro Américo, José Correia de Lima, Rodolfo Amoedo, Belmiro de Almeida, Modesto Brocos, Henrique Bernardelli, Antonio Parreiras, Almeida Júnior e Eliseu Visconti, é um deles. dos precursores do impressionismo no Brasil – para citar alguns,

Pintura estrangeira
Na coleção estrangeira, destacam-se cenários notáveis, como as vinte paisagens e paisagens marítimas do pintor pré-impressionista Louis-Eugène Boudin (1824-1898), doado à Escola Nacional de Belas Artes, nos anos vinte, pela Baronesa de São Joaquim; as oito importantes paisagens de Pernambuco pelo artista paisagista holandês do século XVII, Frans Post (1612-1680); uma maravilhosa coleção de pinturas italianas dos séculos XVI, XVII e XVIII, representada por pintores como Bartolomeo Passaroti (1529 – 1592), Giacchino Assareto (cerca de 1600 – 1649), Giovanni Lanfraco (1582 – 1647), Giovanni Maria Bottala (1613) – 1644)), Francesco Albani (1578 – 1660), Valerio Castello (1624 – 1659), Giovanni Benedeto Castiglione, II Grechetto (1609 – 1664), Francesco Cozza (1605 – 1682), Giovanni Batista Gauli, II Baciccia (1639 – 1709), Giovanni Battista Tiepolo (1696-1770),

Esta coleção tornou-se gradualmente conhecida na Europa, especialistas europeus entusiasmados.

Museu Nacional de Belas Artes do Brasil
O Museu Nacional de Belas Artes (MNBA) é um museu de arte localizado na cidade do Rio de Janeiro, Brasil. Concentra a maior coleção de obras de arte do século XIX, sendo um dos museus mais importantes do gênero no país.

Localizado no centro histórico do Rio de Janeiro, em um eclético edifício de arquitetura projetado em 1908 pelo arquiteto Adolfo Morales de los Rios para sediar a Escola Nacional de Belas Artes, herdeiro da Academia Imperial de Belas Artes, o Museu Nacional de Belas Artes / O Ibram / MinC foi construído durante as reformas urbanas realizadas pelo prefeito Pereira Passos, na então capital federal do país.

Criado oficialmente em 1937 pelo decreto do presidente Getúlio Vargas, ocupa uma área de 18.000 m2 e é o museu de arte mais importante do país. Reúne uma coleção de setenta mil itens entre pinturas, desenhos, gravuras, esculturas, objetos, documentos e livros, constituindo-se como um centro radiante de conhecimento e disseminação da arte brasileira.

A coleção do museu começou com o conjunto de obras de arte trazidas por Dom João VI, em 1808, e foi ampliada ao longo dos séculos XIX e XX com a incorporação da coleção da Escola Nacional e outras aquisições, e hoje possui cerca de 15.000 peças, incluindo pinturas, esculturas, desenhos e gravuras de artistas brasileiros e estrangeiros, além de uma coleção de arte decorativa, móveis, arte folclórica e um conjunto de peças de arte africana.

A coleção bicentenária do Museu Nacional de Belas Artes teve origem em três conjuntos distintos de obras: as pinturas trazidas por Joaquim Lebreton, chefe da Missão Artística Francesa, que chegou ao Rio de Janeiro em 1816; as obras pertencentes ou produzidas aqui por membros da Missão, entre eles Nicolas-Antoine Taunay, Jean-Batiste Debret, Grandjean de Montigny, Charles Pradier e os irmãos Ferrez; e as peças da coleção D. João VI, deixadas por ele no Brasil ao retornar a Portugal em 1821. Essas coleções foram enriquecidas por importantes doações e aquisições, como o busto de Antínoo, uma rara peça arqueológica de mármore doada pela imperatriz D. Teresa Cristina para a Academia Imperial de Belas Artes em 1880.